segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires - 24 de novembro

 

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

Origens
Memória dos santos André Dung Lac, presbítero e companheiros mártires. Numa 

celebração comum, veneram-se os 117 missionários que sofreram o martírio no 

Tonquim, Anam e Cochinchina, regiões da Ásia, do atual Vietnã. Entre eles, há oito 

bispos, muitos presbíteros e um ingente número de fiéis de ambos os sexos e de

 todas as condições e idades. Estes abraçaram seu desterro, os cárceres, os

tormentos, enfim, os mais cruéis suplícios, por recusarem calcar a cruz e abjurar da

 fé cristã.

A Chegada do Cristianismo no Vietnã
O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI, por obra do padre Alexandre

 Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda 

dividida em três regiões: Tonquim, Aname e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do

 país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez 

mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam

 com breves períodos de paz.

A vida do Santo André Dung-Lac 

Santo André Dung-Lac
Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, 

para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um 

catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este

 futuro mártir foi ordenado sacerdote. Em 1823, tornou-se vice-pároco, em Dongchuan,

 onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres 

e sobriedade em tudo. 

A Primeira Prisão
Em 1833, após a celebração da Missa, Santo André Dung-Lac foi preso pela primeira 

vez pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta 

soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, 

para chamar menos atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das

 províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.

O Chamado para o Martírio
No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim,

 começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele 

banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao 

Bispo para não pagar por sua libertação. 

Páscoa
Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e 

choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver 

segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram

 obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, ajoelharam-se e a beijaram. 

Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram 

justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia da cidade, no 

portão de Cau-Giay.

A Via de Santificação dos Mártires no Vietnã

Editais contra os Cristãos
De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a morte 

de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita determinou a sua

 dispersão e confisco dos bens. 

Grupos Beatificados
O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X 

beatificou outros três grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o

 outro em 1909. Por fim, Pio XII beatificou o quinto grupo em 1951. Com um Decreto, 

datado de 1986, a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto

de 117 mártires – entre sacerdotes, religiosos e leigos – que foram canonizados por

 São João Paulo II, em 1990. 

O Líder do Grupo: André Dung- Lac
O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o mais 

conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11 espanhóis 

da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões Estrangeiras de

 Paris.

A Comemoração de hoje nos faz refletir sobre a união em favor da 

A Data
Essa data demonstra a grande força da união comunitária em favor da fé. O exemplo 

dos primeiros mártires estimulou os conseguintes a fazerem o mesmo entregando

 suas vidas em oferta de oblação, em testemunho de fidelidade a Jesus até a morte. 

Isso marca o trabalho catequético e a experiência religiosa desse grupo que não se 

preocupou com aquilo que passa, mas preferiu abraçar as coisas que não passam.

 Nota-se, então, até que ponto pode chegar uma comunidade de fé reunida em torno

a Jesus, ela é capaz do martírio. 

Minha oração
“ Nossos companheiros mártires, rogamos a vossa fortaleza nos momentos mais

 intensos de tentação e apostasia da fé. Pedimos que nos preparem nesta vida para 

as moradas eternas onde viveremos felizes para sempre junto a Jesus. Amém.”

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós! 

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