São Leão Magno, o 45º Papa da Igreja Católica
Origens
São Leão Magno é natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma por volta
do ano 430. Dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a
Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses,
faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como
Pontífice – o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.
Convenceu Átila a mudar de ideia
No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila.
Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia,
Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na
sua contínua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se
detém e se forma. Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação
de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de
invasão. A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das “Salas do Vaticano”
– narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os
Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.
Impediu a cidade de ser incendiada
Três anos depois, em 455, foi ainda o “Papa Magno”, embora desarmado, a deter, às
portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua
intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as
Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão. Nas
Basílicas, a população encontrou abrigo e se salvou.
São Leão Magno: defendeu a Doutrina da Igreja
Defesa da Doutrina
A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que
levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à
defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia
– atual Kadiköy, na Turquia; que reconheceu e afirmou a unidade das duas naturezas
em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência
humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um
texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de
Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 padres conciliares, que o
acolheram por aclamação, afirmando: “Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou
segundo a piedade e a verdade”.
Escritos
Sustentador e promotor da primazia de Roma, o “Pontífice Magno” deixou para a
história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e
pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as
necessidades dos fiéis. Foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma
Roma dominada pela escassez e pobreza, pelas injustiças e superstições pagãs;
colocou em prática todas as ações necessárias para manter constantemente a justiça
e “oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas
com Ele tudo é possível”.
O Primeiro sucessor de Pedro a ser chamado “Magno”
Pontificado
Seu Pontificado, que durou 21 anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo
de Roma a ser chamado Leão. O primeiro sucessor de Pedro a ser chamado
“Magno”. O primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos
Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por desejo do Papa
Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”.
Páscoa
A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns
historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana.
Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa Senhora do Pilar,
na Basílica de São Pedro.
Oração contra o desânimo (composta por São Leão Magno):
Não desista nunca: nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés
tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem
ignorados, nem quando a desilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar,
nem quando a traição te ferir, nem quando o sucesso te abandonar, nem quando a
ingratidão te desconcertar, nem quando a incompreensão te rodear, nem quando a
fadiga te prostrar, nem quando tudo tenha o aspecto do nada, nem quando o peso
do smagar. Invoque sempre a Deus, junte as mãos, reze, sorria… E recomece!
Minha oração
“Doutor nas ciências de Cristo, sábio no conhecimento do Mestre dos mestres,
sejamos vossos discípulos e nos tornemos grandes conhecedores de Deus. Que
quanto mais O conhecemos, mais O amemos e adoremos, O exaltemos acima de
tudo! Amém.”

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