segunda-feira, 3 de novembro de 2025

São Martinho de Lima, patrono dos barbeiros - 03 de novembro

São Martinho de Lima, patrono dos barbeiros

Origens 

São Martinho nasceu em Lima, no dia 9 de dezembro de 1579, filho de um nobre 

cavaleiro espanhol, João Porres, e de uma negra do Panamá, de origem africana,

 Ana Velásquez. Por causa da pele escura, o pai não o quis reconhecer, e, no livro de 

batizado, foi registrado como filho de pai ignorado. 

O valor representativo de São Martinho na história da santidade deriva do fato de ser

 ele uma dessas “misturas” da América, como um cronista do século XVI definia

 ironicamente os mulatos. 

Vida Simples

São Martinho viveu pobremente até os oitos anos de idade e na companhia da mãe e 

de uma irmãzinha, nascida dois anos depois dele. Educado por sua mãe, no santo

 temor de Deus, começou ainda criança a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Era

 uma profissão manual e também desprezada pelos que tinham aspirações à nobreza,

 porém, naquela época, essa profissão não era como de hoje em dia, pois, naquele

 tempo, o barbeiro era também dentista e cirurgião. 

São Martinho: pela Caridade alcançou a Santidade

Caridade
Martinho, alma extremamente sensível e de profundidade mística, fez de sua profissão

 um exercício de caridade para com os pobres, principalmente depois que se tornou

 ajudante de um médico.

O Convento
Com a idade de 15 anos, abandonou tudo e foi bater na porta do convento dos 

dominicanos em Lima. Aqui o espera uma nova humilhação. Foi admitido apenas 

como terciário e incumbido dos trabalhos mais humildes da comunidade. As suas

 funções eram as mais humildes, mas a sua vida espiritual, a mais profunda. Por fim, 

os superiores perceberam o que representava aquela alma para a Ordem e, 

acolhendo-o como membro efetivo no dia 2 de junho de 1603, admitiram-no então a 

profissão solene.

Solicitude pelos Irmão

A sua solicitude pelos irmãos doentes era viva. Encontravam-no junto deles para os

 aliviar, mesmo, segundo se diz, que a porta estivesse fechada à chave. 

Considerava-se escravo de todos e de cada um, e se a doença de algum irmão 

que ele cuidava piorava, o zelo crescia.

Feitos Extraordinários
Quis assim permanecer a escória do convento, mas a sua santidade começou a

 refulgir para além dos limites do convento, pelos extraordinários carismas com as 

quais era dotado, como profecias, os êxtases, as bilocações. Embora nunca tenha se 

distanciado de Lima, foi visto na África, na China e no Japão para confortar 

missionários em dificuldade. A este humilde irmão leigo recorriam para conselho;

 teólogos, bispos e autoridades civis, mais de uma vez o próprio vice-rei teve de

 aguardar diante da sua cela, porque frei Martinho estava em êxtase.

De Escória do Convento a Santidade 

A Fundação do Hospital

Durante uma peste epidêmica, curou os que recorreram a ele, e os seus sessenta 

confrades curou-os prodigiosamente. Dedicava sua vida literalmente aos pobres:

 mendigo por amor aos mendigos. Com as esmolas que conseguia, fundou um

 hospital para os meninos abandonados e jejuava para dar de comer aos pobres. 

Jejuava todo o ano, quase não comendo senão restos de pão, mas discretamente, a 

tal ponto que ninguém reparava. Tudo isso era regado pelas orações que fazia

 durante a noite, assim como Jesus orava (Lucas 6,12).

Assim, sem fazer coisas extraordinárias além da prática de caridade, Martinho chegou

 a um alto grau de santidade. 

Páscoa

Faleceu, santamente, em Lima no dia 3 de novembro de 1639, com sessenta anos de

 idade e imediatamente foi honrado e venerado como santo. Foi beatificado, em 1837,

 pelo Papa Gregório XVI; foi canonizado, no dia 6 de maio de 1962, por São João

 XXIII; e no ano de 1966, o Papa São Paulo VI o proclamou patrono dos barbeiros.

Minha oração

“Oh, Deus, que exaltou o humilde, que fizestes São Martinho, teu confessor, entrar no 

Reino celestial, concedei através do seu mérito e intercessão de modo que possamos

 seguir o exemplo da sua humildade e caridade na terra e um dia estarmos com ele no

 Céu, através de Cristo, Nosso Senhor.”

São Martinho de Lima, rogai por nós!

 

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