quarta-feira, 22 de outubro de 2025

São João Paulo II - 22 de outubro

 

São João Paulo II, o terceiro maior Pontificado da História da Igreja

Origens 

Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice. Era o mais novo

 de três irmãos (sua irmã, Olga, morreu antes de seu nascimento). Filho do oficial do 

exército polonês, Karol, e de Emilia Kaczorowska, teve uma gestação de risco. Os 

médicos até chegaram a aconselhar a mãe que interrompesse a gravidez, dado ao 

risco de vida que corria. Porém, num gesto profético, Emilia opta pela gestação

 daquele que, anos à frente, seria um grande defensor da família e da vida.

O falecimento de seus familiares 

Com a saúde debilitada, Emília morreu nove anos após o nascimento de Lolek,

 apelido carinhoso de Karol dado por sua mãe. Três anos depois, a morte voltaria a

 visitar sua vida: seu irmão mais velho, Edmund, que era médico e tratou de doentes

 vítimas de uma epidemia de escarlatina, acabando por contrair a infecção que lhe 

seria fatal. Karol o lembrava como “mártir do dever”.

O Exemplo de seu Pai 

Aos 21 anos, Karol ainda perderia o último membro da família: seu pai. Foi com ele 

que aprendeu o amor a Virgem Maria, a honestidade, a bravura, o patriotismo. “A dor

 dele se transformava em oração. O simples fato de vê-lo se ajoelhar teve uma 

influência decisiva nos meus anos jovens. Não falávamos de vocação ao sacerdócio,

 mas o exemplo dele foi para mim, de qualquer modo, o primeiro seminário, um tipo 

de seminário doméstico”, confessou mais tarde o já Papa João Paulo II.

Da não vocação ao terceiro maior pontificado da história 

Ocupação Nazista na Polônia

Mesmo com todas as perdas, o amor recebido na família movia o coração do jovem

 Karol a Deus e alimentava a força para enfrentar outras dores e sofrimentos, como

 a ocupação nazista na Polônia. Para driblar o regime opressor, o Papa, que queria

 ser ator, chegou a trabalhar em uma pedreira e uma indústria química para evitar a

 deportação para Alemanha. 

Assistiu aos horrores da Guerra

Mesmo sem ser deportado, assistiu de perto aos horrores da guerra, as profundas

 marcas deixadas em sua amada Polônia; e conheceu várias histórias de sofrimento, 

como a de uma jovem de 13 anos, que salvou da fome após sair de um campo de

 concentração, e a de outra jovem, vítima de experimentos científicos nazistas. A dor

 da nação o ensinou a amar seu país e a enxergar que o caminho da paz sempre será 

o mais acertado a ser seguido. As experiências com as pessoas ensinou que “quem

 salva uma vida, salva o mundo inteiro”.

Caminho ao Sacerdócio

Foi também durante a ocupação nazista que Karol já caminhava em direção ao 

sacerdócio. Clandestinamente, em 1942, entrou para o seminário, tendo aulas secretas

 na residência do arcebispo de Cracóvia. Quatro anos mais tarde, em  1 de novembro

 de 1946, Karol Wojtyla foi ordenado padre pelo cardeal Adam Sapieha. Durante doze

 anos, alternou sua vida presbiteral entre estudos, licenciatura de teologia e ética 

social, além dos trabalhos próprios do exercício do ministério sacerdotal, como vigário

 de algumas paróquias de Cracóvia. Doze anos após a ordenação presbiteral, Wojtyla

 se tornou bispo de Ombi e bispo auxiliar da Cracóvia. Em 1964, tornou-se Arcebispo 

da Cracóvia. Em 1967, tornou-se cardeal, por indicação de Paulo VI.

João Paulo II: Eleito Papa em 1978

Eleito Papa 

Wojtyla foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, no conclave que sucedeu a morte 

do Papa João Paulo I. Era a primeira vez, em cerca de 450, que era eleito um Papa 

não italiano. Escolheu o nome João Paulo II e implantou em seu papado os valores

 que tinha aprendido ao longo da vida no anúncio do Evangelho de Cristo. 

Mediador da Paz

Manteve discurso conciliador e pacificador, mediando a paz em várias situações de 

conflito, porém, sem se esquivar da luta contra a influência comunista na Polônia sem 

uso de nenhuma arma, senão o Evangelho e o amor. Defendeu ferrenhamente os 

valores da família – que chamou de santuário da vida –, e a inviolável dignidade de 

todo ser humano dentro do projeto de amor de Deus por cada um – de onde brota

 aquilo que ficou conhecido como a Teologia do Corpo. 

O grande lema “Totus Tuus”

Lema

Com o lema “Totus tuus”, “todo teu, Maria”, declarou seu amor e total devoção a

 Virgem Maria, particularmente a Nossa Senhora de Częstochowa, padroeira da 

Polônia. E foi a Virgem Maria que o Papa atribuiu a sobrevivência ao atentado que

 sofreu em 13 de maio de 1981. 

Feitos do Sumo Pontífice 

João Paulo II criou as Jornadas Mundiais da Juventude, escreveu 14 encíclicas,

 organizou 15 assembleias do Sínodo dos Bispos, nomeou 231 cardeais, beatificou 

1338 pessoas e canonizou 482 santos. Mas foi além das palavras e demonstrou sua

 santidade, mesmo nos momentos de dor. 

João Paulo II: Santo Súbito

Páscoa

Nos últimos anos de vida, lutou bravamente contra o Parkinson. Entrou para eternidade

 no dia 2 de abril de 2005. Seu funeral reuniu milhões de fiéis em Roma e mais de 200

 representantes de governos. No seu funeral, era declarado pelas multidões “Santo

 Súbito!” (santo imediatamente). Lido e explicado à luz do amor, seu legado 

permanece vivo e firme; e seu convite feito na homilia do início do seu pontificado 

continua a ecoar: “Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!”.

Legado 

Vinte e seis anos. O terceiro maior Pontificado da História da Igreja. Duas décadas e 

meia que revolucionaram a sociedade contemporânea no campo político, social e 

humanitário. De fato, São João Paulo II desenvolveu na prática a expressão de um

 dos Paulo VI: civilização do amor. Sua atuação no combate ao comunismo, na defesa

 da família, do estímulo ao diálogo inter-religioso e na promoção da paz o levou a ser

 conhecido carinhosamente como “peregrino do amor”, em alusão às suas constantes

 visitas papais: foram 129 países em que o papa polonês repetia o gesto que se

 tornou símbolo da sua presença: beijar o chão de cada novo lugar que visitava logo 

depois de descer do avião. 

Minha oração

“Nosso santo Papa da Juventude, suscitai novos pastores de jovens e dai a eles o

 mesmo amor que tiveste. Conduzi teus filhos queridos para que encontrem e 

realizem sua própria vocação em cada estado de vida. Amém!”

São João Paulo II, rogai por nós!

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