terça-feira, 7 de outubro de 2025

Nossa Senhora do Rosário - 07 de outubro

Nossa Senhora do Rosário, o meio de alcançar almas para Deus

Nossa Senhora do Rosário, o meio de alcançar almas para Deus

Origens 

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas 

(eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o 

número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos

 dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), 

completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a

 contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc. VII-VIII), 

havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

História do Rosário 

O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos, porém, no ano de 

1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje é usado. Antes, as

 Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios contemplados entre 

outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a revelação divina de Nossa

 Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador dos dominicanos (O.P.).

 Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano de La Roche em seu livro

 “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de Montfort relata a origem do

 Rosário.

São Domingos e o Rosário

A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se preocupava em

 converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um

 grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por

 bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência de um único Deus, 

negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc.

Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas 

Essas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo 

procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa vez, procurou 

em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Nossa Senhora do Rosário: 

“Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para

 mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico

 que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas 

endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).

Do Saltério Angélico ao Santo Rosário

A propagação do Rosário por São Domingos

A partir dessa situação, São Domingos começou a pregar o Santo Rosário, ou como foi 

dito, em revelação, “Saltério Angélico”. Assim expresso, pois naquela época poucas

 pessoas eram alfabetizadas e não conheciam a Sagrada Escritura. Por outro lado, os 

monges costumavam recitar em oração os 150 Salmos, rezando a “liturgia das horas”.

Desse modo, os cristãos poderiam imitar a oração e se aproximar dos mistérios de Deus

 ao recitar 150 Ave-Marias, conhecida como a saudação angélica já que foi dita pelos

 Anjos e relatava nas Escrituras. Assim, tornou-se o “Saltério Angélico” (Salmos Angélicos). 

Os Mistérios:  Gozosos, Dolorosos e Gloriosos

Em um segundo momento, ao esfriar a devoção do Saltério Angélico, em nova aparição,

 Nossa Senhora do Rosário apareceu ao Beato Alano (1428 – 1475) lhe pedindo que

 reavivasse a prática. Assim ele formou os agrupamentos de 50 Ave-Marias e seus

 mistérios, conhecidos como: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Ela lhe disse que muitas 

graças e milagres seriam alcançados por meio desse modo e reafirmou os ditos a São

Domingos.

A Intercessora pela Igreja do Ocidente

Intercessão de Nossa Senhora do Rosário 

Logo após, houve a batalha de Lepanto (Grécia, junto ao porto de Corinto) comandada 

por João da Áustria, em 7 de Outubro de 1571. O Papa Pio V procurava conter os 

avanços dos turcos na Europa e, antes disso, convocou os cristãos para que rezassem 

o rosário através da Carta Breve Consueverunt (1569). Era uma batalha extremamente

 importante, pois dela dependia a preservação do cristianismo e da cultura ocidental.

Instituição da Festa

Com a vitória adquirida, ele instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no mesmo dia

 da batalha e reconheceu que a vitória veio por meio das orações do Rosário. Sendo 

este Papa da ordem dos dominicanos, por isso, seguiu a inspiração do fundador. O 

Pontífice instituiu a festa, inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória. 

Rainha do Sacratíssimo Rosário

Festa Mariana Obrigatória

Em 1573, o Papa Gregório XIII tornou a festa mariana obrigatória para a diocese de 

Roma e para as Confrarias do Santo Rosário, sob o título de Santíssimo Rosário da 

Bem-aventurada Virgem Maria. Em 1716, o Papa Clemente XI inscreveu a festa no

 calendário romano, estendendo-se para toda a Igreja. A celebração ocorria em datas 

diferentes, conforme os costumes locais. O Papa Leão XIII inscreveu a invocação 

“Rainha do Sacratíssimo Rosário” na Ladainha Lauretana em 10 de dezembro de 1883. 

Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração da festa em 7 de outubro.

O Quarto Mistério

Por fim, após anos de estímulo e devoção por parte dos papas e dos santos, São João 

Paulo II, em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), institui o quarto mistério. Foi 

reconhecido como “luminoso”. Formando, então, o Rosário com quatro terços meditando 

os mistérios de Cristo. Assim, deu-se o formato daquilo que se conhece atualmente por 

Santo Rosário.

Minha oração

“Ó Mãe do rosário, consegui junto a Jesus aquilo que não podemos, combatei por nós e

 consolai-nos das intempéries da vida. Entregamos a nossa existência a Ti e de Ti tudo

 esperamos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

 

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