terça-feira, 22 de julho de 2025

Santa Maria Madalena, primeira testemunha da Ressurreição de Jesus - 22 de julho

 

Santa Maria Madalena, primeira testemunha da Ressurreição de Jesus

“Apóstola dos Apóstolos”

Deve-se a Santo Tomás de Aquino este título dado a Maria Madalena, cujo nome 

deriva de Magdala, onde nasceu, aldeia de pescadores situada às margens ocidentais

 do Lago de Tiberíades. Assim foi chamada pelo fato de ir até os apóstolos anunciar 

o Cristo ressuscitado, como a primeira a receber esta boa notícia.

Testemunho bíblico

O evangelista Lucas fala sobre ela no capítulo 8: “Jesus andava pelas cidades e 

aldeias anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, como

 também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas 

de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios”. 

Maria Madalena aparece ainda nos Evangelhos no momento mais terrível e dramático

 da vida de Jesus: quando o acompanha ao Calvário, com outras mulheres, e 

O contempla de longe.

Ela aparece também quando José de Arimateia depõe o corpo de Jesus no sepulcro,

 que fora fechado com uma pedra. Foi ela, depois do sábado, na manhã do primeiro 

dia da semana, quem voltou ao sepulcro e descobriu que a pedra havia sido removida

 e correu para avisar Pedro e João; eles, por sua vez, foram às pressas ao sepulcro 

e viram que o corpo do Senhor não estava mais lá.

Equívocos sobre sua identidade 

Segundo a exegese bíblica, a expressão “sete demônios” poderia indicar um

 gravíssimo mal físico ou moral, que havia acometido a mulher, do qual Jesus a curou.

No entanto, a tradição, que perdura até hoje, diz que Maria Madalena era uma 

prostituta, porque, no capítulo 7 do Evangelho de Lucas, narra-se a história da 

conversão de uma anônima “pecadora da cidade, que ungia com perfume os pés de

 Jesus, convidado de um fariseu; após tê-los banhado com suas lágrimas, os

 enxugava com seus cabelos”.

Assim, sem nenhuma ligação textual, Maria de Magdala foi identificada com aquela

 prostituta anônima. Porém, há mais um equívoco, como explica o Cardeal Gianfranco

 Ravasi, biblista e teólogo: “A unção com óleo perfumado é um gesto feito também por

 Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro, em outra ocasião, como diz o evangelista 

João. Assim, Maria de Magdala foi identificada, por algumas tradições populares, com 

a Maria de Betânia”.

Encontro com o Ressuscitado

Enquanto os dois discípulos voltam para casa, Maria Madalena permanece diante do 

sepulcro, em lágrimas. Ali, tem início um novo percurso: da incredulidade passa, 

progressivamente, à fé. Ao olhar dentro do sepulcro, viu dois Anjos, aos quais 

perguntou para onde fora levado o corpo do Senhor. Depois, voltando para fora, viu

 Jesus, mas não O reconheceu, pensando que fosse o jardineiro; este lhe perguntou

por que estava chorando e quem estava procurando.

E ela respondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. 

Jesus, então, a chama por nome: “Maria!”. E ela, voltando-se, disse: “Rabôni!”, que, 

em hebraico, quer dizer “Mestre!”. E Jesus lhe confia uma missão: “Não me retenhas, 

porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu 

Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Então, Maria de Magdala foi imediatamente

 anunciar aos discípulos: “Vi o Senhor! E ouvi o que ele me disse” (cfr. Jo 20).

Madalena proclama a ressurreição de Jesus

Maria Madalena foi a primeira das mulheres que seguiram Jesus, e ao proclamá-Lo 

como Aquele que venceu a morte; foi a primeira apóstola a anunciar a alegre 

mensagem central da Páscoa. Quando o Filho de Deus entrou na história dos 

homens, esta mulher foi um daqueles que mais O amou e o demonstrou. Quando

 chegou a hora do Calvário, Maria Madalena estava aos pés da Cruz, junto com Maria 

Santíssima e São João. Ela não fugiu com medo, como os discípulos fizeram; não O 

negou por medo, como fez o primeiro Papa, São Pedro, mas sempre esteve presente,

 desde o momento da sua conversão até o Calvário e o Sepulcro.

Festa litúrgica de Maria Madalena

Por desejo do Papa Francisco, a Memória litúrgica de Maria Madalena passou a ser

 Festa, a partir do dia 22 de julho de 2016, para ressaltar a importância desta discípula

 fiel de Cristo, que demonstrou grande amor por Ele e Ele por ela.

A minha oração

Ó Santa da ressurreição, fazei-nos crer cada vez mais no Cristo vivo e agente nesse

 mundo. Ensina-nos a reconhecê-Lo e amá-Lo, servi-Lo e adorá-Lo, assim como Ele

 merece. Amém!

Santa Maria Madalena, rogai por nós!

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