sábado, 31 de agosto de 2019

São Raimundo Nonato

*SANTO DO DIA*

*SÃO RAIMUNDO NONATO*
Raimundo nasceu na Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico, sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isto Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva.
Dotado de grande inteligência, fez com certa tranquilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, e com receio de que seu filho optasse pela vida da igreja, mandou-o administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário.
Raimundo, no silêncio e solidão que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês. Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e finalmente em 1224 ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador.
Ordenou-se sacerdote e cresceu em seu coração o ardor missionário. Foi mandado em missão na Argélia, norte da África, para resgatar cristãos que viviam em regime de escravidão. Levava o conforto e a palavra de Deus aos que sofriam mais que ele e já estavam prestes a renunciar a fé em Jesus.
Sua ação missionária causou a revolta das lideranças muçulmanas e Raimundo foi preso e torturado. Durante oito meses teve sua boca presa com um cadeado, para que não pudesse pregar o Evangelho.
Raimundo sofreu durante oito longos meses essa tortura, mas finalmente foi libertado com a saúde totalmente abalada. De volta a pátria foi nomeado cardeal, mas não exerceu este cargo, pois morreu acometido por uma forte febre em 31 de agosto de 1240, quando ele tinha apenas quarenta anos de idade.
*SÃO RAIMUNDO NONATO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Santa Joana Maria da Cruz

*SANTO DO DIA*

*SANTA JOANA MARIA DA CRUZ*
Joana nasceu na França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Com seu trabalho sustentava a família, mas encontrava também tempo para cuidar dos idosos abandonados e pobres, reservando para eles uma parte de seus rendimentos.
Aos vinte e cinco anos deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estevão. Nesse meio tempo ingressou na Ordem terceira, fundada por São João Eudes. Sua vocação de auxílio aos idosos a conduziu até a casa da senhora Lecogue, onde morou por doze anos, convertendo-se em uma amiga, mais do que uma enfermeira. Com a morte de senhora, Joana herdou suas poucas economias e mobília.
Com estes poucos recursos alugou um apartamento onde passou a acolher idosos doentes e abandonados. Outras companheiras de Joana se uniram a ela na missão e surgiu o primeiro grupo formando uma Associação para os pobres.
Em 1841, deixam o apartamento e alugam para uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento.
Este convento se tornou a casa mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, na qual Joana imprimiu seu próprio carisma: "a doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades".
Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, mas pode ver sua obra de caridade espalhar-se rapidamente por toda a Europa.
*SANTA JOANA MARIA DA CRUZ, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Santo Agostinho

*SANTO DO DIA*

*SANTO AGOSTINHO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA*
Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, cidade de Tagaste, na África. Era o primogênito de Patrício e Mônica, uma devota cristã, que procurou criar o filho no seguimento de Cristo.
Aos dezesseis anos de idade foi estudar fora de casa. Se envolveu com a heresia maniqueísta, que pregava a existência de dois princípios que regiam o mundo, um maligno e um benigno. Também nesta época se envolveu com uma mulher e recebeu um filho, a quem chamou de Adeodato.
Agostinho era possuidor de uma inteligência rara, centrou-se nos estudos e se formou brilhantemente em retórica. Excelente escritor dedicava-se à poesia e filosofia. Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma e depois para Milão, onde passou a admirar o bispo Ambrósio. Aos poucos a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu. Foi batizado junto com o filho Adeodato, pelo próprio Bispo Ambrósio com trinta e três anos de idade.
Com a morte do filho, resolve voltar para casa, mas ali também encontra sofrimento, com a morte da mãe. Muda-se então para Tagaste, onde funda uma comunidade monástica. O bispo Ambrósio, preocupado com Agostinho, o convence a tornar-se sacerdote. No fim torna-se bispo de Hipona.
Agostinho foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles estão sua autobiografia, "Confissões" e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade ele morreu, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430.
*SANTO AGOSTINHO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

SER CORDIAL COM QUEM ESTÁ PERTO DE MIM

A cordialidade e a gentileza são sinais de civilidade, de educação e de acolhimento. Quando são praticadas com a intenção de que sejam expressão do amor, elas se tornam sinais de fraternidade. No meu trabalho, procuro acolher com cordialidade cada paciente, cada colega e todas as pessoas que me procuram, do mesmo modo como acolheria o próprio Jesus. Não é sempre fácil. A fraqueza humana em mim e também nos outros, não permite que reconheça sempre essa presença de Deus no próximo. Recomeço mil vezes ao dia e, mil vezes, agradeço a Deus a possibilidade de poder recomeçar. A cada experiência bem-sucedida, permanece a certeza de que vale sempre a pena amar, ser cordial e gentil. Não apenas porque fazendo assim agrado a Deus, mas porque tudo o que distribuo aos outros, recebo de volta. Quem distribui cordialidade, recebe cordialidade.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Apolônio de Carvalho

EXPERIMENTAR A ALEGRIA DE SERVIR

Quando sirvo por amor, o coração se enche de alegria. Não apenas por causa do êxito do serviço: sinto uma plenitude enquanto ser humano, uma sensação de realização completa. Entendo que é algo que vem de Deus. É Ele que preenche todas as lacunas e me faz sentir a plenitude da vida. Eu dou bem pouco e Ele me dá alegria e paz, uma alegria que o mundo não conhece. Diante dela, qualquer outra alegria é fugaz, é nuvem passageira. É uma alegria que me leva a servir sempre mais, é como uma febre de generosidade. No final do dia, ao fazer uma oração, a união com Deus é imediata. Quero agradecer, mas O sinto dizer ao meu coração: Obrigado, porque tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, estava doente e cuidaste de mim. (Cf. Mt 25,35-40)

Apolonio Carvalho

Bom dia!

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

São Zeferino papa e Mártir

*SANTO DO DIA*

*SÃO ZEFERINO, PAPA E MÁRTIR*
O Papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. Foi o décimo quarto.
Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias que abalavam a Igreja mais que os próprios martírios. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.
Mas, o Papa Zeferino que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, se livrou dos hereges. Para isto, se uniu aos grandes sábios da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O Papa Zeferino tinha um grande aliado, o diácono Calisto, que seria o próximo papa. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos, onde os fiéis pudessem sepultar seus mortos e prestar homenagens aos mártires. Este trabalho foi a origem das catacumbas romanas, lugar histórico que testemunha grande parte da história cristã.
O Papa Santo Zeferino foi martirizado junto com o bispo Santo Irineu, no ano 217 e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.
*SÃO ZEFERINO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

FAZER PEQUENAS COISAS COM GRANDE AMOR

Para Deus o valor das coisas está no quanto de amor colocamos ao fazê-las. De fato, o apóstolo Paulo afirma em 1Cor 13,3 que ainda que nós demos tudo aos pobres, se não tivermos amor, de nada valerá. Portanto, procuremos fazer as pequenas coisas que estão ao nosso alcance colocando um grande amor. Dessa forma, elas terão um grande valor. Com a prática faremos coisas cada vez maiores e, sempre, com um amor crescente. Contanto que seja tudo para a maior glória de Deus e a difusão do seu amor no mundo. Agindo assim, seremos instrumentos para que o amor chegue a todos. E cada um, sentindo-se amado, se tornará também um instrumento do amor. Quando prescrevo uma medicação aos meus pacientes, explico exaustivamente o seu uso, colocando todo o amor que posso para aquela pessoa. Alguns perguntam: "Doutor, eu vou ficar curado?" e eu respondo: "Totalmente!" Tenho certeza que a medicação ajuda muito, mas o que cura as pessoas é o amor.

Apolônio Carvalho

Bom dia!



ONTEM DIA 25 PARTICIPAMOS DO PASSEIO DOS CAVALEIROS DE SANTA ÂNGELA EM CIRCUITO PELO ANEL VIÁRIO DE RIBEIRÃO PRETO E CONTORNOS ADJACENTES COM PARADA NO POSTO GRAAL TREVO ONDE O CAVALEIRO SILVIO COORDENOU UMA MARAVILHOSA REFLEXÃO SOBRE A CONDUTA DO CATÓLICO DENTRO DA COMUNIDADE QUE PERTENCE. ESTE ENCONTRO NOS REMETE A OUTROS QUE CERTAMENTE VIRÃO PARA O CUMPRIMENTO DE UM DOS FATORES DA NOSSA EXISTÊNCIA. A EVANGELIZAÇÃO. 
PARABÉNS GILMAR, SILVIO, JOÃO BRISOTI, MANCERA, EMERSON, AGNEW E DEMETRIO

domingo, 25 de agosto de 2019

Santo Luiz Nono

*SANTO DO DIA*

*SANTO LUIZ NONO*
Luiz Nono, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215. Era filho de Luiz oitavo e de Branca de Castella, ambos piedosos e zelosos que o cercaram de cuidados. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luiz IX se tornou um dos soberanos mais benevolentes da História, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.
Com a morte prematura do seu rei, a rainha assumiu o poder, pois luís Nono era muito novo para governar. Com zelo maternal, manteve o filho longe de uma vida de depravação tão comum das cortes. Luís, mesmo jovem, possuía as virtudes que o levaram à santidade: a piedade e humildade.
Em 1235, Luís casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. Coroado rei, ele governou com justiça e solidariedade. Com o auxilio da rainha fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes.
Acometido de uma grave doença, em 1245 Luiz IX quase morreu. Então fez uma promessa: caso sobrevivesse empreenderia uma cruzada para ocupar a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248 apesar das oposições da corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para lá. Mas em nenhuma delas teve êxito. Na última vez, quando se aproximava de Túnis, foi acometido pela peste e, ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.
*SANTO LUIZ NONO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sábado, 24 de agosto de 2019

São Bartolomeu apóstolo e mártir

*SANTO DO DIA*

*SÃO BARTOLOMEU, APÓSTOLO E MÁRTIR*
Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a catorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tolmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael se trata de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Felipe e ambos eram viajantes.
Até este seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e às vezes irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento" (Jo 1,47).
Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda sua missão na terra. Compartilhou do seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu. A tradição informa que Bartolomeu pregou o evangelho na região da Armênia.
Perseguido por aqueles que não aceitavam a Boa-Nova de Cristo, Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado no ano de 51.
*SÃO BARTOLOMEU, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Santa Rosa de Lima padroeira da América Latina

*SANTO DO DIA*

*SANTA ROSA DE LIMA, PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA*
Isabel Flores de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. Por causa da beleza recebeu o apelido de Rosa. Seus pais eram ricos espanhóis, que se mudaram para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação. Na adolescência decidiu entregar sua vida somente a Cristo e ingressou na Terceira Ordem Dominicana, tomando como exemplo de vida Santa Catarina de Sena. Dedicou-se então ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa.
Aos vinte anos pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento e mudou o nome para Rosa de Santa Maria.
Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística.
Aos trinta e um anos de idade foi acometida por uma grave doença que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Morreu no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.
*SANTA ROSA DE LIMA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

São Filipe Benício

*SANTO DO DIA*

*SÃO FILIPE BENÍCIO*
Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos treze anos foi enviado com seu preceptor à Paris estudar medicina. Voltou e foi para a universidade de Pádua, onde aos dezenove anos formou-se em filosofia e medicina.
O jovem era muito devoto de Maria e muito religioso, possuía também sólida formação religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a frequentar a igreja do mosteiro e com os religiosos aprofundou o estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu o chamado para a vida religiosa.
Assim, em 1254 fez-se membro da Ordem dos Servitas. Foi superior geral de sua ordem, adquirindo fama de um ótimo pregador. Sob sua direção, os frades servitas se expandiram rapidamente e com sucesso. Era um conciliador, sua pregação talentosa e eficiente trouxe frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja. Na sua simplicidade, fugia de todas as honras eclesiásticas.
Quando o Papa Clemente IV morreu, Filipe foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas se retirou para as montanhas, onde ficou por algum tempo. Diz a tradição que São Filipe Benício recusou-se a ocupar a cátedra de Pedro. Por isso é comum representá-lo com a tiara pontifícia aos pés.
Segundo os registros da Ordem e a tradição Filipe gozava da fama de santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi.
*SÃO FILIPE BENÍCIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

São Pio X Papa

*SANTO DO DIA*

*SÃO PIO X, PAPA*
Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa. Nasceu numa pequena aldeia italiana no dia 02 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. Desde cedo manifestou a vontade de ser padre.
Mesmo com a morte do pai, o menino entrou no seminário e aos vinte e três anos recebeu a ordenação sacerdotal. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego, cardeal de Veneza e, após a morte do grande Papa Leão XIII, ele foi eleito seu sucessor, com o nome de Papa Pio X, em 1903.
No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e reformas nos seminários.
Sua intensa devoção à Eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária e que a Primeira Comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade. Instituiu o ensino do Catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé.
Morreu no dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos. O povo de imediato passou a venerá-lo como um Santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado. 
*SÃO PIO X, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS VIGÉSIMO-SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM - PADRE GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
VIGÉSIMO-SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Senhor, sois bom e clemente,
cheio de misericórdia para
aqueles que vos invocam” (Sl 85,5).

          Iniciamos com o Vigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum o  Mês da Bíblia, celebrando em comunhão com os estudiosos das Sagradas Escrituras e com nossos queridos irmãos e irmãs que participam de Estudos Bíblicos em nossas Comunidades.
O Senhor nos reúne para tomarmos lugar na ceia eucarística e partilharmos de sua intimidade e amizade, ouvindo sua palavra e recebendo-o como alimento. Somos convidados ao banquete do reino, onde não há privilégios, mas sim privilegiados: os empobrecidos, para os quais Deus prepara a mesa com muito carinho. A Liturgia deste domingo abra o nosso coração ao espírito do evangelho.
          As leituras nos conclamam a viver a humildade e a gratuidade, que nos fazem encontrar graça diante do Senhor, nos aproximam dele e nos tornam felizes participantes do seu reino.
          A verdadeira modéstia nos conduz a Deus e nos dá a consciência da nossa fragilidade e da necessidade de aprender com os outros. Modéstia e gratuidade são as condições para sentar à mesa com Jesus em seu reino. Com Jesus, temos novo modo de experimentar Deus.
          Na eucaristia, renova-se o gesto de humildade de Jesus: tornou-se pequeno entre os pequenos. Ao tomarmos lugar à mesa eucarística, recebemos o vigor e a força que vêm do pão partilhado.
          No Evangelho de São Lucas deste domingo, Jesus, convidado pelo fariseu, encontra naquele ambiente de festa pessoas que se consideravam umas melhores do que as outras. Cada qual queria superar seu vizinho em importância. Jesus, ao ver tal situação, toma uma atitude para levá-los a refletir sobre o que é realmente importante, sob a ótica misericordiosa de Deus. A parábola contada por Jesus deve ter chocado a todos, pois ela se contrapõe àquilo que os fariseus consideravam socialmente certo. Jesus lhes diz que aqueles que se consideram “os tais” cairão do alto de seu orgulho e ficarão envergonhados ao perceberem que seu lugar é o menos importante. Mais ainda, Jesus diz que os melhores lugares estarão reservados aos que são autenticamente humildes. Por que isto? Porque os que se consideram grandes, os maiores e melhores são pessoas “cheias de si”, como se diz comumente. Elas estão com o espírito de tal modo repleto de orgulho e autossuficiência que, em seu interior, não sobra espaço para praticarem as virtudes evangélicas, especialmente a caridade. A festa a que Jesus se refere, com certeza, não é uma festa como as que realizamos em datas comemorativas. Jesus se refere à grande festa que acontecerá no céu ao final dos tempos. Nela, os convidados não serão nem os orgulhosos, nem os autossuficientes, nem os egocêntricos. Para ela, receberão convite os mais humildes, simples, que reconhecem sua fraqueza e se deixam guiar pela mão de Deus; os que se reconhecem simples e humildes e por isso são capazes de olhar seus irmãos.
          São Paulo nos fala desta festa celestial, reunião festiva de milhões de anjos, dos espíritos dos justos que chegaram à perfeição. Obviamente, o caminho da perfeição não será o seguido pelos orgulhosos fariseus, mas o trilhado pelos humildes. Na própria resposta que damos à Palavra proclamada, dizemos isto a nosso Deus: “com carinho preparaste esta terra para o pobre”. No entanto, em muitas outras situações, ele próprio vivenciou aquilo que disse. Jesus é nosso modelo de humildade e doação. Qual humildade pode ser mais forte, mais autêntica do que a praticada por alguém que, embora sendo de condição divina, tornou-se humano como nós, tornou-se um conosco?
          Fica-nos ainda a lição do livro do Eclesiástico: encontraremos graça diante do Senhor, ao praticarmos autenticamente a humildade, pois o Pai escolheu os humildes para a eles revelar seus mistérios.
          Só quem é humilde sabe o quanto é bom ser humilde. Muitas vezes nos deparamos, em nossas Comunidades, com a arrogância, a prepotência, o abuso de poder, cargos e funções. Quantas vezes, dizemos não aos mais simples, mas fazemos a chamada Pastoral da Amizade, dizendo sim aos que nos são convenientes? Saibamos rever nosso zelo e nossa sensibilidade pastoral. Não nos roguemos o direito de julgar, mas saibamos acolher, ouvir e inserir na Comunidade todos que nos buscam!
          Quando o Papa Francisco falou do clericalismo, referia-se aos nossos esmerados e queridos Agentes de Pastoral. Embora trabalhem incansavelmente, nem sempre são suficientemente humildes e acolhedores. Daí surge a Pastoral da Exclusão! Quando o Santo Padre falou de carreirismo, referia-se aos Ministros Ordenados que gastam suas energias na busca de poder, cargos, funções e prestígio, mesmo que, para alcançarem isso, tenham que “subir às custas dos erros dos outros”. Coisa feia! Devemos ser porta-vozes da misericórdia de Deus e, antes de julgar os outros, entrar aos porões de nossa própria intimidade, onde certamente encontraremos muitas coisas a serem mudadas. Sejamos Anjos uns dos Outros e não meros juízes!
          Sejam todos sempre abençoados. Com ternura e gratidão, meu abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Eclo 3,19-21.30-31; Sl 67(68); Hb 12,18-19.22-24 e Lc 14,1.7-14).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Setembro de 2019, pp. 19-22 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum II (Setembro de 2019), pp. 14-17.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

São Bernardo de Claraval

*SANTO DO DIA*

*SÃO BERNARDO DE CLARAVAL, ABADE E DOUTOR DA IGREJA*
Bernardo nasceu no ano 1090 na França. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde a tenra idade demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso.
Quando sua mãe morreu, ele manifestou o desejo de ser religioso, mas encontrou resistência do pai. Porém, com determinação, conseguiu convencer o pai, irmãos e amigos, que ingressaram com ele no mosteiro da Ordem de Cister, recém fundada.
A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. Foi um período de abundante florescimento da ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos.
Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.
Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isto porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e se impunha severa penitência.
Morreu no dia 20 de agosto de 1153 e foi sepultado no mosteiro de Claraval. É chamado de doutor da Igreja.
*SÃO BERNARDO DE CLARAVAL, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

EXPERIMENTAR A LIBERDADE POR MEIO DA PARTILHA DOS BENS

O que mais me chamou a atenção quando li pela primeira vez o Novo Testamento, foi o livro dos Atos dos Apóstolos, onde se narra a vida dos primeiros cristãos, o fato de estarem prontos a dar a vida uns pelos outros e a partilha dos bens, de modo que não havia indigentes entre eles. O mesmo impacto eu senti quando conheci os jovens do Movimento dos Focolares (os Gen - Geração Nova). Eles viviam de modo idêntico, com a partilha dos bens e o pacto do amor recíproco. Aderi imediatamente a este estilo de vida. Com o tempo o compromisso só aumentou, a comunhão se tornou mais intensa. Hoje, olhando para trás, agradeço a Deus por todos os dons recebidos. A partilha dos bens continua a ser, para mim, a mais evidente prova de amor recíproco e da verdadeira liberdade. Partilhando os bens, tudo é de todos e tudo é meu. E somos todos de Deus.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

São João Eudes

*SANTO DO DIA*

*SÃO JOÃO EUDES*
João Eudes nasceu em 14 de novembro de 1601 na pequena vila de Ri, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso. Estudou com os padres jesuítas, dedicando tempo diário para a oração na capela do colégio.
Em 1623, com o consentimento dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório. Dois anos depois, recebeu sua ordenação dedicando-se integralmente à pregação entre o povo.
Quando em 1627 estourou a epidemia da peste, João percorreu as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias.
Manteve-se inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, onde as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé. João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou em 1643 a Congregação de Jesus e Maria, cuja missão é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida às necessidades espirituais e materiais do povo. Também fundou a congregação das irmãs do Bom Pastor.
Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Morreu no dia 19 de agosto de 1680.
*SÃO JOÃO EUDES, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

PROMOVER A CULTURA DA CONFIANÇA

Esse é um exercício constante na prática quotidiana: em casa, no trabalho, pela rua. A violência e a falta de segurança nos levam a ter uma atitude contrária: de extrema desconfiança em todos. Passamos a viver isolados e com medo. Examino a minha consciência e me pergunto: Eu inspiro confiança nos outros? Eu me julgo uma pessoa boa, bem intencionada? Se a resposta é sim, é um primeiro passo para confiar nos outros. Eu não sou exceção de regra, existem muitas outras pessoas boas. Procuro confiar em quem está mais perto de mim. Aprendi a confiar e vi que vale a pena. Confio na presença de Jesus em cada próximo, a qual se manifesta quando estimulada pelo bem. Só o amor mútuo é capaz de promover a cultura da confiança.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

domingo, 18 de agosto de 2019

Santa Helena

*SANTO DO DIA*

*SANTA HELENA*
Flávia Júlia Helena nasceu em meados do século III na Ásia Menor. Era descendente de uma família pobre e se tornou uma bela jovem, inteligente e bondosa. Casou-se com Constantino, que seria imperador de Roma. Entretanto Constantino separou-se de Helena, deixando-a separada do filho por quatorze anos.
Com a morte do Pai, o filho de Helena, também chamado Constantino, mandou trazer sua mãe para a corte. Nesta época, Helena já era cristã e tratou de rezar pela conversão do filho.
Auxiliado pela sabedoria de Helena, o filho tornou-se o supremo Imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada em 312 às portas de Roma. Inspirado pela oração de Helena e por um sonho, Constantino pintou cruzes nas bandeiras usadas na batalha e acabou alcançando a vitória.
Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar imediatamente toda e qualquer perseguição contra os cristãos, editou o famoso decreto de Milão de 313, onde concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu à Helena o honroso título de "Augusta".
Helena passou a se dedicar na expansão da evangelização e crescimento do Cristianismo em todos os domínios romanos. Patrocinou a construção de igrejas católicas, de mosteiros e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e doentes.
Apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina visitar os lugares da Paixão de Cristo. Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém, o Bispo Macário a identificar a verdadeira Cruz de Jesus. Morreu no ano 330.
*SANTA HELENA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

ENCONTRAR TEMPO PARA AMAR

O tempo é a única coisa que todos têm e podem dar. E a sua falta é a desculpa mais usada para não o fazer. Encontrar tempo é uma questão de prioridades, segundo uma escala que nós mesmos criamos ou que o mundo nos oferece como estereótipo. O tempo mais bem empregado é o tempo que usamos para amar o próximo, visto que esse é o segundo maior mandamento da lei de Deus e semelhante ao primeiro, amar a Deus sobre todas as coisas. Talvez devamos lembrar mais desses dois mandamentos e dedicar um pouco mais de tempo em praticá-los. Encontrar tempo para as causas humanitárias, ecológicas, mas também para fazer melhor o nosso trabalho, viver melhor o nosso papel de cidadania ou na família, na comunidade. Encontrar tempo para Deus nos irmãos, confirmando a intenção de cada gesto nesse sentido. Veremos que temos tempo de sobra.

Apolonio Carvalho

Bom domingo, dia do Senhor!

sábado, 17 de agosto de 2019

São Jacinto

*SANTO DO DIA*

*SÃO JACINTO*
Batizado com o nome de Jacó, ele nasceu em 1183, na antiga Kramien, hoje Cracóvia, na Polônia. Desde cedo aprendeu a bondade e a caridade, despertando assim sua vocação religiosa. Numa viagem para Roma conheceu Domingos de Gusmão e ingressou na Ordem dos Pregadores de São Domingos.
Depois de um breve noviciado ele tomou o nome de frei Jacinto. Na ocasião foi o próprio São Domingos que o enviou de volta à sua pátria. Assim iniciou sua missão de grande pregador. Jacinto fundou em Cracóvia um mosteiro da Ordem de São Domingos.
Jacinto foi um incansável pregador da Palavra de Cristo e um dos mais pródigos colaboradores do estabelecimento da igreja nas regiões tão distantes de Roma. Foram quarenta anos de intensa vida missionária.
No dia 15 de agosto 1257, ele morreu no mosteiro de Cravóvia, aos setenta e dois anos de idade.
*SÃO JACINTO, ROGAI A DEUS POR NÓS!*

São Roque

*SANTO DO DIA*

*SÃO ROQUE*
Roque nasceu no ano de 1295, na França, em uma família rica, da nobreza da região. Ficou órfão na adolescência e vendeu toda a herança, distribuindo o que arrecadou entre os pobres. Depois disto, viveu como peregrino andante. Percorreu a França com destino a Roma.
No caminho, Roque deparou com regiões infestadas pela chamada peste negra. Era comum, ver à beira das estradas, pequenos povoados só de doentes que foram isolados do convívio das cidades, para evitar o contágio do restante da população ainda sã. Enxergando nas pobres criaturas o verdadeiro rosto de Cristo, Roque se atirou de corpo e alma na missão de tratá-los.
Seu zelo pelos doentes era tanto que ele descuidou-se de si próprio. Certo dia percebeu uma ferida na perna e viu que fora contaminado pela peste. Assim, decidiu se refugiar sozinho em um bosque, onde foi amparado por Deus.
Roque foi encontrado por um cão. Este animal passou a levar-lhe algum alimento todos os dias, até que seu dono, curioso, um dia o seguiu. Comovido, constatou que era seu cão que socorria o pobre doente. Este homem auxiliou Roque na sua recuperação.
Já com a saúde em dia, Roque voltou para sua cidade, mas foi preso, considerado como um espião. No cárcere continuou praticando a caridade e pregando a palavra de Cristo, convertendo muitos prisioneiros e aliviando suas aflições, até morrer.
Hoje as relíquias de São Roque são veneradas na belíssima basílica dedicada a ele em Veneza, Itália, sendo considerado o Santo protetor contra as pestes.
*SÃO ROQUE, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Apolônio de Carvalho

SER DESPRENDIDO DOS BENS MATERIAIS

Há uma diferença entre ser possuidor de muitos bens e de ser possuído por muitos bens. No sentido que, quando somos apegados, nos tornamos escravos dos bens materiais. Existe satisfação em ter muitas coisas, mas não há saciedade: quanto mais se tem mais se quer ter. Quem é desprendido de seus bens é realmente possuidor, pois não se torna escravo daquilo que possui. Podemos aprender a administrar os bens materiais como um patrimônio que Deus nos confiou, para o bem, não apenas nosso, mas de todos. Quem não se desprende das coisas materiais vive a mais terrível solidão, pois elas se tornam o seu falso deus e as outras pessoas, seus concorrentes. Quem se desapega dos seus bens se torna livre e a sua riqueza maior é a partilha com os irmãos e irmãs. Ele partilha o que possui e recebe alegria.

Apolônio Carvalho

Bom dia!

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

São Tarcísio Martir

*SANTO DO DIA*

*SÃO TARCÍSIO, MÁRTIR*
Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma. Ele era acólito do Papa Sisto II, servindo ao altar nos serviços secundários, acompanhando o Santo Papa na celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os cristãos eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da Eucaristia. O Papa Sisto II queria levar o Pão Sagrado a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.
Foi quando Tarcísio pediu ao Santo Papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido, o Papa Sisto II o abençoou e lhe deu uma caixinha de prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar a cadeia.
No caminho foi identificado e como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi sepultado.
Seu corpo repousa na Basílica de são Silvestre, em Roma.
*SÃO TARCÍSIO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

São Maximiliano Maria Kolbe

*SANTO DO DIA*

*SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE, PRESBÍTERO E MÁRTIR*
Raimundo nasceu no dia 8 de Janeiro de 1894 na Polônia. Mais tarde, no seminário, assumiu o nome de Maximiliano Maria Kolbe. Sua família era pobre, de humildes operários, mas muito rica de religiosidade. Com apenas 13 anos foi residir com os franciscanos.
No colégio, foi um estudante brilhante e atuante. Nesta época, manifestou seu zelo e amor a Maria, fundando o apostolado mariano "Milícia da Imaculada". Concluiu os estudos em Roma onde foi ordenado sacerdote.
O carisma do apostolado de Padre Kolbe foi marcado pelo amor infinito a Maria e pela imprensa escrita e falada. Editou uma revista mariana, um diário semanal, uma revista mariana infantil e uma revista em latim para sacerdotes; instalou uma emissora de rádio católica. O seu objetivo era conquistar o mundo inteiro para Cristo por meio de Maria Imaculada.
Voltou para a Polônia e cuidou da direção do seminário e da formação dos novos religiosos. Em 1939, as tropas nazistas tomaram a Polônia. Padre Kolbe foi preso e enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em agosto de 1941, por causa de um prisioneiro que fugiu do campo, foram condenados à morte outros dez prisioneiros. Um deles, Francisco, começou a chorar e, em alta voz, declarou que tinha mulher e filhos. Padre Kolbe solicitou ao comandante para ir em seu lugar e ele concordou. Todos os dez, despidos, ficaram numa pequena, úmida e escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, sobreviviam ainda três com Padre Kolbe. Então, foram mortos com uma injeção venenosa, para desocupar o lugar. Era o dia 14 de agosto de 1941.
*SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - PADRE GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Felizes aqueles que ouvem a
Palavra de Deus e a guardam!” (Lc 11,28).


          Celebramos no Vigésimo Domingo do Tempo Comum uma das festas mais populares e consoladoras dedicadas à Virgem Maria: Assunção de Nossa Senhora!
          Cantamos as maravilhas que Deus realizou em Maria, exaltada acima dos anjos na glória junto a seu Filho Jesus. A páscoa de Cristo se realiza nos corações e comunidades que, a exemplo de Maria, se abrem à palavra de Deus e formam família com o Ressuscitado.
          Elevada ao céu, Maria intercede por nós e nos espera para que desfrutemos de sua companhia. Celebramos em comunhão com os vocacionados à vida consagrada: religiosos e consagrados seculares, que a exemplo de Maria, dão seu sim generoso ao projeto de Jesus.
          Mulher revestida de honras e glórias, Maria reconhece, agradecida, as maravilhas que Deus nela realizou em favor do povo. Ela é o grande sinal da nova humanidade redimida pelo seu Filho.
          Maria assunta ao céu é sinal da vida do povo grávido de Deus que aguarda a revelação da glória. Em Maria, humilde serva do Senhor, Deus tem espaço para operar maravilhas. A vitória de Cristo sobre a morte é símbolo também de nossa vitória.
          Maria já participa do banquete do reino com seu Filho. Quanto a nós, na eucaristia nos é concedido antecipar a alegria que o Pai reserva a todos os que são fiéis a Jesus.
          É a partir da gloriosa vitória da Páscoa sobre o pecado e a morte que nós contemplamos Maria toda gloriosa no céu. Vemos como o próprio Evangelho coloca na sua boca palavras que proclamam a beleza de Deus que, na vitória de Jesus, realizou uma tríplice inversão das falsas situações humanas, para restaurar a humanidade na salvação, obra de Cristo:
          No campo religioso, Deus derruba as autossuficiências humanas, confunde os planos dos que nutrem pensamentos de soberba, erguem-se contra Deus e oprimem os seres humanos.
          No campo político, Deus destrói os injustificáveis desníveis humanos, abate os poderosos dos tronos e exalta os humildes; repele aqueles que se apoderam indevidamente dos povos, e aprova os que os servem para promover o bem das pessoas e da sociedade, sem discriminações...
          No campo social, Deus transforma a aristocracia estabelecida sobre ouro e meios de poder, e cumula de bens os necessitados e despede de mãos vazias os ricos, para instaurar uma verdadeira fraternidade na sociedade e entre os povos.
          A festa de Nossa Senhora da Assunção representa uma injeção de ânimo para todos que, em meio a tantas dificuldades, peregrinamos na fé e na caridade rumo à pátria definitiva. Nela celebramos a esperança de estarmos todos juntos, um dia, com Maria, participando da festa que no céu nunca se acaba, a festa da total e definitiva libertação.
          Congratulando Maria, congratulamo-nos a nós mesmos, a Igreja. Pois, mãe de Cristo e mãe da fé, Maria também é Mãe da Igreja. Sua glorificação são as primícias da glória de seus filhos na fé.
          Para os tempos de hoje, no momento histórico em que vivemos, a contemplação da serva gloriosa pode nos trazer uma luz preciosa.  Que seria a humilde serva no século 21, século da publicidade e do sensacionalismo? Não se assemelha a isso a Igreja dos pobres? A exaltação de Maria é um sinal de esperança para os pobres. Sua história joga também uma luz sobre o papel da mulher, especialmente da mulher pobre, duplamente oprimida, Maria é a mãe libertadora.
          Assumindo responsavelmente o projeto de Deus, Maria é figura e esperança de quantos aspiram por liberdade e vida. Ela vem reforçar a confiança dos pobres, ao mostrar que neles o Poderoso opera maravilhas de libertação. Serva fiel, bem-aventurada porque acreditou nas promessas, solidária com os necessitados, é mãe das comunidades que lutam contra os dragões que procuram roubar-lhe as esperanças. Associada intimamente a Jesus por sua maternidade e mais ainda pela prática da Palavra participa da vitória de Cristo, primícia da vida em plenitude. O canto de Maria nos estimula a lutar pelo mundo novo já iniciado com a ressurreição de Jesus. Esse mundo novo irá se tornando realidade concreta se formos cidadãos conscientes e responsáveis.
          Reunimo-nos, neste domingo, com Maria para proclamar as maravilhas operadas em nós pela morte e ressurreição de Jesus. Desta forma, iniciamos mais uma semana que, com a graça de Deus e proteção de Maria, será uma semana de paz, abençoada.
 Nossa Senhora Assunta ao Céu nos enche de esperança por um Município Melhor e um País mais Justo, menos corrupto e mais ético, que promova e zele por todos!
          Nada mais justo que Jesus acolhesse de corpo e alma Sua Mãe, a Virgem Maria, na feliz eternidade, uma vez que, totalmente Imaculada emprestou seu útero, a fim de que se tornasse o porta-jóias do próprio Deus, feito pessoa. Penso que o grande convite desta festa, é que cada um de nós se sinta, igualmente, o porta-jóias, o sacrário, o tabernáculo de Jesus Sacramentado, bem como no semblante do irmão, preferencialmente no rosto triste, enrugado, sofrido, desolado e desesperançado. Enfim, celebrar, a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, para nós é celebrar novo ânimo, nova esperança e novas perspectivas de um mundo mais humano e fraterno.
          Que todos sintam as carícias da bênção materna de Nossa Senhora Assunta ao Céu! Com ternura e gratidão, meu abraço amigo e fiel,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Ap 11,19; 12,1.3-6.10; Sl 44(45); 1Cor 15,20-27 e Lc 1,39-56).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Agosto de 2019, pp. 67-73 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum II (Agosto de 2019), pp. 7-9.  



Apolônio de Carvalho

ESCOLHER O CAMINHO DA CONCÓRDIA

A concórdia, em seu significado mais genuíno, é a união dos corações. No meu entender, não é a uniformidade de ideias, é o respeito profundo pela ideia do outro, de modo que, apesar das diferenças, podemos estar unidos. O caminho da concórdia é o mesmo caminho do "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". O amor mútuo me ensina a viver a perfeita caridade: quando o desapego da minha própria ideia é a superação do "eu" para chegar ao "nós"; quando o outro está em mim e eu no outro; quando a reciprocidade no amor atrai a presença de Jesus entre nós, dando a graça da perfeita unidade. Escolhendo o caminho da concórdia, entendemos melhor as palavras do Evangelho. "Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mt 18,19-20)

Apolonio Carvalho

Bom dia!

terça-feira, 13 de agosto de 2019

São Ponciano e Santo Hipólito

*SANTO DO DIA*

*SÃO PONCIANO, PAPA E SANTO HIPÓLITO, PRESBITÉRIO, MÁRTIRES E BEATA DULCE LOPES PONTES*

*SANTOS PONCIANO E HIPÓLITO*
O imperador Severo aceitou a diversidade religiosa no império. Entretanto, na própria Igreja surgiram divisões. Ponciano e Hipólito viveram em Roma no século III. Estes dois homens foram envolvidos por um cisma na Igreja. Ambos se consideravam papas.
São Hipólito foi um dos escritores mais destacados da Igreja de Roma dos primeiros séculos. Presbítero da Igreja de Roma, entrou em conflito com o papa Calixto, dizendo que o novo papa não considerava a legislação sobre o casamento e a penitência e estava abandonando a tradição apostólica. Descontente com o comando da Igreja proclamou-se papa ao lado de Ponciano, sucessor imediato de Calixto.
Em 230, com a morte de Severo, sobe ao trono o imperador Maximino que retoma a perseguição religiosa. Imediatamente deportou os dois papas para minas de trabalhos forçados, na Sardenha. Lá eles morreram martirizados.
Ponciano foi o primeiro Papa a ser deportado. Era um fato novo para a Igreja, que ele administrou com sabedoria e sagacidade e muita humildade. Para que seu rebanho não ficasse sem pastor, renunciou ao Trono de Pedro, tornando-se também o primeiro Papa da Igreja a usar este recurso extremo.
Este gesto comoveu Hipólito, que percebeu o sincero zelo apostólico de Ponciano. Por isto, também renunciou o seu posto, interrompendo o prolongado cisma e se reconciliou com a Igreja de Roma, antes de morrer, em 235, no mesmo ano que Ponciano.
Os corpos destes dois mártires foram trasladados para Roma, onde estão sepultados.
*SANTOS PONCIANO E HIPÓLITO, E BEATA DULCE LOPES PONTES, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

ASSUMIR OS PESOS DO PRÓXIMO

Algumas vezes medito sobre o quanto eu posso ser um instrumento de Deus na vida das pessoas. Quando eu amo o próximo e a minha motivação é o meu amor por Deus, a minha ação não é somente minha, estou sendo também um instrumento para que o amor de Deus se manifeste àquela pessoa. Assumo junto com o próximo as suas dores, dificuldades, procurando entender o que é melhor para ele. Assumo como próprios os seus pesos para que ele se sinta aliviado e nunca se sinta só. A maior ajuda é a presença amiga na hora da angústia, é caminhar juntos e viver a comunhão com os irmãos e irmãs. Vamos neste dia assumir os pesos uns dos outros com a intenção de sermos esses instrumentos nas mãos de Deus. Deixemos que Ele faça a sua obra também através de nós.

Apolonio Carvalho

Bom dia!

Santa Joana Francisca de Chantal

*SANTO DO DIA*

*SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL*
Joana era filha de um famoso político francês. Casou-se com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma vida profundamente religiosa e feliz. Na sua casa o clima religioso era constante. Diariamente era rezada uma missa, da qual todos os servidores domésticos participavam. Ocupou-se pessoalmente da educação religiosa dos serviçais, ajudando-os em todas as suas necessidades materiais.
Joana ficou viúva aos vinte e oito anos de idade, com os filhos para criar. Dedicou-se inteiramente à educação das suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o trabalho. Nessa época conheceu Francisco de Sales, futuro santo da Igreja, e o escolheu para ser seu diretor espiritual.
Passados nove anos de viuvez retirou-se em um convento. No ano seguinte, em 1610, junto com Francisco de Sales fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria, destinada à assistência aos doentes.
Joana professou os votos e foi a primeira a vestir o hábito da nova Ordem. Eleita a Madre Superiora, acrescentou Francisca ao nome de batismo e se dedicou exclusivamente a esta obra de caridade. Fundou mais setenta e cinco casas para suas religiosas com toda a sua fortuna.
Depois de uma dura agonia motivada por uma febre, Joana morreu em 1641.
*SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

domingo, 11 de agosto de 2019

Apolônio de Carvalho

DAR DESINTERESSADAMENTE

Dar sem nenhum tipo de interesse pessoal. Quem consegue viver essa dimensão de dar não somente coisas, mas doar-se em favor do outro, alcança dentro de si o mesmo equilíbrio e harmonia que existem na natureza, onde cada coisa está em doação uma para a outra em função do todo. Quem sabe dar desinteressadamente realiza o bem em ampla escala e constrói um mundo novo ao seu redor, no qual a verdadeira felicidade e a realização pessoal se tornam o espelho da felicidade do outro que está ao seu lado. Quando a mentalidade da partilha se torna comunhão fraterna, surge uma nova cultura que substitui a cultura do ter, do egoísmo, da ganância. Deus se torna o nosso único bem, o nosso tesouro. "Pois onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Lc 12,34) Na liturgia da missa em português, quando o celebrante diz: "Corações ao alto", todos respondem: " O nosso coração está em Deus".  Que isto se torne verdade em nosso agir, pois estando em Deus conseguiremos dar tudo desinteressadamente, até mesmo a própria vida.

Apolonio Carvalho

Feliz domingo! Nossas preces por todos os pais!

Santa Clara

*SANTO DO DIA*

*SANTA CLARA, ORDEM DAS CLARISSIANAS*
Clara nasceu em Assis no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica. Mas sua vida mudou radicalmente: Clara foi a primeira mulher da Igreja a se entusiasmar com o ideal franciscano.
Desde jovem adquiriu o hábito de rezar diariamente e se mortificar. Também exercitava com frequência a piedade cristã, distribuindo esmolas e atendendo com disponibilidade as pessoas necessitadas que a procuravam. Fazia isto espontaneamente, como demonstração de seu sincero e fervoroso amor a Deus.
Aos dezenove anos de idade, fugiu de casa se apresentou na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Nesta noite, fez uma oração de renúncia ao mundo “por amor ao Sagrado e Santíssimo Menino Jesus”. Entregou aos frades sua veste luxuosa e vestiu uma túnica de lã, semelhante a deles, ajustada ao corpo por um cinto de corda.
Clara viveu num mosteiro beneditino para conhecer o ritmo de uma vida comunitária. Depois, conduzida por Francisco, foi para o mosteiro de São Damião, formando com outras mulheres a ordem segunda Franciscana, depois chamadas de “Clarissas”.
Em 1216 Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa, mas manteve o carisma franciscano. A partir de 1224, Clara adoeceu e aos poucos foi definhando. De sua cela, através de visões, acompanhou o funeral de francisco. Por essas visões que pareciam filmes projetados numa tela, Santa Clara é considerada padroeira da televisão e de todos seus profissionais.
Clara morreu no ano de 1253 e foi proclamada santa dois anos após sua morte.
*SANTA CLARA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sábado, 10 de agosto de 2019

São Lourenço diácono e mártir

*SANTO DO DIA*

*SÃO LOURENÇO, DIÁCONO E MÁRTIR*
"A Igreja Romana convida-nos hoje a celebrar o triunfo glorioso de São Lourenço, que, desprezando as ameaças e as seduções do mundo, venceu a perseguição do demônio”, disse certa vez o Bispo Santo Agostinho em um de seus sermões.
São Lourenço era um dos diáconos que ajudavam o Papa Sisto II, o qual foi assassinado pela polícia do imperador quando estava celebrando a Missa em um cemitério de Roma.
A antiga tradição conta que São Lourenço, ao ver que iam matar o Pontífice, disse-lhe: “Meu pai, vais sem levar o teu diácono?”. E o Santo Padre respondeu: “Meu filho, em poucos dias me seguirás”.
São Lourenço se alegrou muito de saber que iria logo para o céu e, vendo o perigo que se aproximava, recolheu todos os bens que a Igreja tinha em Roma, vendeu-os e distribuiu o dinheiro para os mais necessitados.
O prefeito, que era pagão e apegado ao dinheiro, chamou São Lourenço e mandou que o levasse aos tesouros da Igreja para custear uma guerra que o imperador ia começar. O santo pediu alguns dias de prazo para reuni-los.
O diácono, então, reuniu os pobres, deficientes, mendigos, órfãos, viúvas, idosos, cegos e leprosos que ele ajudava com esmolas. Mandou chamar o prefeito e lhe disse que eles eram o tesouro mais precioso da Igreja de Cristo.
O prefeito, cheio de raiva, mandou matá-lo lentamente. Colocaram o santo em um braseiro ardente. Os fiéis viram o rosto do mártir rodeado de um esplendor muito formoso e sentiram um agradável aroma, enquanto os pagãos não percebiam nada disso.
Depois de estar queimando na grelha por um tempo, o valente mártir disse ao juiz que o virassem do outro lado, para ficar completamente queimado. Quando já se se aproximava a sua hora e com uma tranquilidade impressionante, pediu a Deus pela propagação do cristianismo no mundo e partiu para a Casa do Pai em 10 de agosto de 258.
Conta-se que esse martírio significou o declínio da idolatria romana e que a Basílica de São Lourenço, em Roma, é considerada a quinta em importância.
A devoção a este grande santo se espalhou por todo o mundo e muitos povos e cidades levam o seu nome.
*SÃO LOURENÇO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Santa Edith Stein (Teresa Benedita da Cruz)

*SANTO DO DIA*

*SANTA EDITH STEIN (TERESA BENEDITA DA CRUZ), MÁRTIR*
Edith Stein (Edit Stain) nasceu na Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Desde menina, Edith era brilhante nos estudos. Na adolescência viveu uma crise, abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença em Deus. Depois, terminou os estudos, recebendo o título de doutora.
Depois de ler a autobiografia de Santa Teresa d'Ávila, a jovem judia foi tocada pela luz da fé e converteu-se ao catolicismo. Sua mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao Cristo.
Em 1933, chegavam ao poder o partido nazista. Todos os professores que não eram alemães foram demitidos. Para não ter que abandonar o país, Edith fez-se noviça da Ordem do Carmelo. Com o hábito Carmelita passou a ser chamada de Teresa Benedita da Cruz.
Quatro anos depois, a perseguição nazista aos judeus alemães se intensificou e Edith foi transferida para a Holanda. Em julho de 1942, publicamente, os Bispos holandeses emitiram sua posição formal contra os nazistas e em favor dos judeus. Hitler considerou uma agressão da Igreja Católica local e revidou.
Em agosto, oficiais nazistas levaram Edith do Carmelo. Neste dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração. Edith Stein procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar do melhor modo possível das crianças. Assim ela viveu alguns dias, suportando com doçura, paciência e conformidade a Vontade de Deus.
No dia 07 de agosto de 1942, Edith Stein e centenas de homens, mulheres e crianças foram de trem para o campo de extermínio de Auschwitz. Dois dias depois foram mortos na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados.
*SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

Apolônio de Carvalho

COLOCAR O MEU TEMPO À DISPOSIÇÃO DO PRÓXIMO

A dizer parece pouco, mas, quando feito por amor, colocar o meu tempo à disposição de alguém é o verdadeiro significado do dar a vida pelo outro. Colocar-me à disposição requer uma renúncia ao próprio eu, aos programas pessoais, para estar ao lado de quem precisa. É muito bom quando, na hora da angústia, um amigo aparece, ou se faz presente de alguma maneira, exatamente porque tomou conhecimento da situação do outro. Talvez o amigo não tenha a solução do problema, mas a sua presença é consolo e o seu amor pode trazer a luz necessária para que o outro saiba enfrentar as suas dificuldades naquele momento. Presença, disponibilidade, escuta, apoio, orações, amor recíproco: são elementos essenciais de uma convivência fraterna.

Apolônio Carvalho

Bom dia!

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

São Domingos de Gusmão

*SANTO DO DIA*

*SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO, PRESBÍTERO E FUNDADOR*
Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica. O jovem espanhol dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Ainda durante os estudos vendia seus pertences para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes. Aos vinte e quatro anos recebeu a ordenação sacerdotal.
Durante a Idade Média, período em que viveu, havia a heresia dos cátaros, surgida no sul da França. Eles pregavam a reencarnação e a relação direta entre os homens e Deus. Domingos teve de enfrentar esta missão com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.
Em 1215 Domingos fundou o primeiro mosteiro dos irmãos pregadores. Nesta época Domingos começou a propagar a devoção ao rosário mariano. Por isto, os dominicanos são tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais à ciência, a piedade e a pregação.
No dia 08 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um anos de idade, ele morreu.
*SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS DÉCIMO-NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM - PADRE GILBERTO KASPER


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
DÉCIMO-NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

A vida é uma caixinha de surpresas. A toda hora somos surpreendidos pelo inesperado, porém nem sempre estamos suficientemente preparados, sobretudo para as situações desagradáveis ou, eventualmente, até dramáticas da vida. Por isso nos reunimos todos os domingos com nosso melhor mestre, o Senhor Jesus, para ouvir e assimilar dele a verdadeira sabedoria para viver a vida com perene sentido.
          O espírito da liturgia deste domingo quer suscitar em nós o espírito de constante vigilância e serviço, tendo o coração voltado para Deus. O reino que ele nos oferece por meio de seu Filho é o verdadeiro tesouro que os ladrões não roubam nem a traça corrói. Com confiança e fé celebramos em comunhão com os pais, no dia a eles especialmente dedicado.
          Com os olhos da fé, a palavra de Deus nos convida a avaliar nossa caminhada e a nos manter sempre vigilantes e preparados para acolher o Senhor, buscando em tudo a sua vontade.
          A vigilância de Israel na noite da libertação é modelo para todo cristão até a libertação final. A comunidade, pequeno rebanho, precisa estar sempre vigilante e pronta para o seu Senhor. A fé é a força dinâmica que projeta ao futuro a vida do cristão.
          A Eucaristia nos leva a partir o pão juntos. Neste dia oferecemos, com o pão e o vinho, a vida e a missão dos pais, responsáveis por manter a família unida e fraterna.
            É bom nos conscientizarmos de que o fim para o qual vivemos reflete-se em cada uma de nossas ações. A cada momento pode chegar o fim de nossa vida. Seja este fim aquilo que vigilantes esperamos, como a noite da libertação encontrou os israelitas preparados para saírem – como lemos na página do Livro da Sabedoria -, e não como uma noite de morte e condenação, como o empregado malandro que é pego de surpresa pela volta inesperada de seu patrão – como lemos no Evangelho de Lucas.
          Devemos preparar-nos para o definitivo de nossa vida, aquilo que permanece, mesmo depois da morte. Mensagem difícil para o nosso tempo de imediatismo. Muitos nem querem pensar no que vem depois; contudo, a perspectiva do fim é inevitável. Já outros vêem o sentido da vida na construção de um mundo novo, ainda que não seja para eles mesmos, mas para seus filhos ou para as gerações futuras, se não tem filhos. Assim como os antigos judeus colocavam sua esperança de sobrevivência nos seus filhos, estas pessoas a colocaram na sociedade do futuro. É nobre. Mas será suficiente?
          Jesus abre outra perspectiva: um tesouro no céu, junto a Deus. Ali a desintegração não chega. Mas, olhar para o céu não desvia nosso olhar da terra? Não leva à negação da realidade histórica, desta terra, da nova sociedade que construímos? Ou será, pelo contrário, uma valorização de tudo isso? Pois, mostrando como é provisória a vida e a história, Jesus nos ensina a usá-las bem, para produzir o que ultrapassa a vida e a história: o amor que nos torna semelhantes a Deus. Este é o tesouro do céu, mas ele precisa ser granjeado aqui na terra.
          Para a cultura judaica, quanto maior o número de filhos, maior significava a graça de Deus. Em nossos dias, quanto maior o número de filhos, maior parece ser a desgraça. Tenta-se a todo custo controlar a natalidade, ao invés de planejá-la. Como não se investe o suficiente em educação, saúde, sanidade básica, oferecendo oportunidades aos cidadãos, jogam-se “migalhas” para que sobrevivam. Refiro-me às tais bolsas família, escola entre outras. Para o tal controle da natalidade, aprovam-se leis e medidas que castram a sociedade, ao invés de educá-la a ser gente!
          A visão cristã acompanha os que se empenham pela construção de um mundo novo, solidário e igualitário, para suplantar a atual sociedade baseada no lucro individual. Mas não basta ficar simplesmente neste nível material, por mais que ele dê realismo ao empenho do amor e da justiça. A visão cristã acredita que a solidariedade exercida aqui na História é confirmada para além da História. Ultrapassa nosso alcance humano. É a causa de Deus mesmo, confirmada por quem nos chamou à vida e nos fez existir. À utopia histórica, a visão cristã acrescenta a fé, prova de realidade que não se vêem. A fé, baseada na realidade definitiva que se revelou na ressurreição de Cristo, nos dá a firmeza necessária para abandonar tudo em prol da realização última – razão do nosso existir.
          Lembro, que na minha infância, falar na morte era bem mais natural do que nos dias atuais. Hoje virou tabu falar em morte, como se as pessoas fossem imortais. Só nos damos conta de que morreremos, quando a morte passa perto de nós, levando-nos pessoas que amamos. Antigamente as pessoas morriam no aconchego familiar e hoje, na frieza e solidão de Hospitais, especialmente quando adormecem para a eternidade na geladeira de Unidades de Terapia Intensiva. Precisamos retomar a naturalidade da morte, que gosto de comparar ao nosso “terceiro e definitivo parto. Nós cristãos, partimos primeiro do útero materno; depois do útero da Igreja, a Pia Batismal e, finalmente, do útero da terra (vida terrena), em direção à vida definitiva, acostando-nos ao amoroso colo de Deus, nosso Pai! Devemos amadurecer nossa certeza de que morrendo, veremos Deus como Ele é. Nossa fé se debruça sobre a esperança, de que vendo como Deus é, seremos santos!
          Na busca que fazemos do verdadeiro tesouro como forma de vivermos em estado de serena vigilância para o que der e vier. Jesus vem ao nosso encontro com suas sábias palavras.
          Não deixemos para amar amanhã. Pode ser que hoje seremos chamados a prestar contas de nossa vida, passando pela temível morte, diante do Pai que nos amou primeiro, mas nos medirá pelo amor amado a cada dia de nossa vida!
          Sejam todos muito abençoados, especialmente nossos Pais vivos. Rezemos, também, pelos que já nos precedem no colo do Pai!
Com ternura e gratidão, o abraço fiel e amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Sb 18,6-9; Sl 32(33); Hb 11,1-19 e Lc 12,32-40).
Fontes: Liturgia Diária da Paulus de Agosto de 2019, pp. 46-50 e Roteiros Homiléticos da CNBB do Tempo Comum I (Agosto de 2019) da, pp. 58-61.