quarta-feira, 21 de maio de 2025

Beatos Padre Manuel González e seu coroinha, Adílio Daronch, - 21 de maio

 

Beatos Padre Manuel González e seu coroinha, Adílio Daronch, fuzilados no Brasil

Resumo

Padre Manuel Gómez González (1877-1924) e seu coroinha Adílio Daronch 

(1908-1924), mártires que, no Brasil, depois de serem maltratados e amarrados a

 duas árvores em um morro, foram fuzilados, morrendo por causa do ódio que seu

 algozes tinham da fé cristã e da Igreja Católica.

Vida de González

Emmanuel Gómez González, filho de José e Josefina, nasceu em 29 de maio de 1877

 em São José de Ribarteme, na Diocese de Tuy, Espanha. Ele foi batizado no dia

 seguinte. Ordenado sacerdote, em 24 de maio de 1902, exerceu seu ministério

 sacerdotal em sua diocese natal por dois anos. 

Missionário

Em 1904, seu pedido para ser incardinado na vizinha Diocese de Braga, Portugal, foi

 atendido. Ele serviu lá como pároco de 1905 a 1913. Quando a perseguição política

e religiosa começou, em 1913, Padre González foi autorizado a navegar para o Brasil.

 Após breve passagem pelo Rio de Janeiro, Dom Miguel de Lima Valverde o acolheu 

na Diocese de Santa Maria (RS), e, em 23 de janeiro de 1914, confiou-lhe o cargo de

 pároco da Saudade. Em dezembro de 1915, o Padre González foi transferido para a 

parte norte da diocese, para uma grande paróquia de Nonoai (RS), que poderia ser 

considerada uma pequena diocese. 

Frutos do ministério

Dedicou-se à evangelização com tanto entusiasmo que, nos oito anos de seu

 ministério, melhorou significativamente o nível de fé nessa área. Seu ministério

 também incluiu o cuidado pastoral dos índios nativos e o cargo de administrador 

paroquial na paróquia vaga de Palmeiras das Missões. Ele foi, de fato, martirizado 

naquela região remota.

Adílio Daronch

O terceiro dos oito filhos de Pedro Daronch e Judite Segabinazzi nasceu, em 25 de 

outubro de 1908, em Dona Francisca, no município de Cachoeira do Sul, Rio Grande 

do Sul, Brasil. Em 1911, a família mudou-se para Passo Fundo, e, em 1913, para

 Nonoai (RS).

Fiel discípulo do Padre González

Adílio foi um dos adolescentes que acompanhou o Padre González em suas longas 

e cansativas visitas pastorais, que incluíam também os índios Kaingang. Foi também 

fiel coroinha e aluno da escola fundada pelo Padre Manuel. Em 21 de maio de 1924, 

com quase 16 anos de idade, este jovem corajosamente deu seu testemunho de

 Cristo ao lado de seu mentor.

O martírio dos dois

O bispo de Santa Maria pediu ao padre espanhol que visitasse as colônias teutônicas

 na floresta de Três Passos, perto da fronteira com o Uruguai. Depois de celebrar a

 Semana Santa na paróquia de Nonoai (RS), e apesar de a região estar repleta de

 movimentos revolucionários, o padre embarcou nesta perigosa viagem missionária,

 acompanhado pelo seu bravo coroinha e protegido, Adílio. Ao longo do caminho,

o padre parou em Palmeria, onde administrou os sacramentos e exortou os 

revolucionários locais ao respeito mútuo, pelo menos por causa da fé cristã comum

que compartilhavam. Os piores extremistas não apreciaram sua mensagem, nem o

 fato de ele ter dado sepultura cristã às vítimas das bandas locais. Assim, o Padre 

Manuel passou a ser visto com desconfiança. Continuando o caminho missionário,

 pararam novamente no caminho para pedir indicações e celebrar a Santa Missa; o 

dia era 20 de maio de 1924. Desejando trazer a graça de Deus e proclamar a Boa

 Nova, os missionários ardentes não atenderam ao aviso dos moradores, que

 tentaram impedi-los de seguir a missão na floresta. Assim, aceitaram a assistência 

dos militares que se ofereceram para acompanhá-los até Três Passos. Então, caíram

 na armadilha preparada para eles e foram levados para uma área remota da floresta, 

onde foram amarrados às árvores e depois foram fuzilados em 21 de maio de 1924, 

mártires da fé.

Restos mortais

Embora os seres humanos se recusassem a aceitar a mensagem de respeito mútuo 

dos santos mártires, parece que a natureza o fez, pois nenhuma fera ou animal os

 tocou: os habitantes de Três Passos encontraram seus corpos ainda intactos quatro 

dias depois. Seus restos mortais foram enterrados nas proximidades por 40 anos.

 Em 1964, seus corpos foram exumados e trasladados para a igreja paroquial de 

Nonoai (RS), e um monumento foi erguido no local de seu martírio. Em 16 de

 dezembro de 2006, o Papa Bento XVI proclamou o decreto de martírio desses dois 

fiéis servos de Cristo assassinados por causa de sua fé.

A minha oração

“Segundo a amizade dos mártires, que foram fiéis a Cristo e companheiros um do

 outro na hora da morte, pedimos o dom da amizade que nos leva a evangelizar 

doando a nossa vida. Fazei-nos anunciadores da Palavra a todo custo e

 evangelizadores dos lugares mais remotos, por Cristo, nosso Senhor. Amém!”

Beatos padre Manuel e Adílio mártires, rogai por nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário