segunda-feira, 31 de março de 2025

São Benjamim - 31 de março

 

São Benjamim, o santo torturado com farpas embaixo das unhas

Origem
Nasceu na Pérsia no ano 394. E, logo que evangelizado, engajou-se na igreja e 

descobriu a sua vocação ao diaconato. “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é

 ganho” (Fl 1,21). Jovem mártir da igreja, São Benjamim encarnou na vida as palavras

 do apóstolo Paulo aos filipenses, dando a sua vida pelo evangelho e conversão das 

almas.

Vida
Naquela época, tensões políticas e religiosas, entre o rei persa e o domínio romano, 

desencadearam numa grande perseguição aos cristãos que durou cerca de três anos.

 O diácono Benjamim, cuja atividade e influência desagradaram ao rei Isdeberg, foi

 espancado e preso.

Ardor apostólico
Benjamim era um jovem com muito ardor apostólico e amor pelas almas. Exímio

 pregador, falava com eloquência levando muitos a se converterem, inclusive 

sacerdotes persa de uma seita pagã. Durante o período de um ano de 

encarceramento, dedicou-se à oração, à meditação e à escrita.

São Bejamin: santidade e martírio

A prisão e negociação
Do lado de fora da prisão, ocorriam negociações para restabelecer a paz entre o rei 

persa e o embaixador de Roma. O embaixador pediu a liberdade de Benjamim. O rei 

consentiu, mas impôs a condição do diácono prometer não voltar a exercer o seu 

ministério entre os magos e sacerdotes da religião persa. Benjamim declarou que 

nunca fecharia aos homens as fontes da graça divina, nem deixaria de fazer brilhar 

diante dos seus olhos a verdadeira luz – disse ainda: “de outra forma, eu próprio

 incorreria nos castigos que o Mestre reserva aos servos que enterram o seu talento”

. Mesmo assim, foi posto em liberdade sob fiança do embaixador romano.

O retorno ao serviço a Deus
Com a alegria singular daqueles que fazem o encontro pessoal com Jesus, Benjamim, 

agora em liberdade, rapidamente colocou-se a servir o Senhor e a anunciar o 

evangelho. Muitos sinais foram realizados por meio dele: cegos voltaram a ver,

 leprosos foram curados e muitas pessoas se converteram.

Confrontou o rei
Logo que Isdeberg, o rei persa, ficou sabendo das atividades de Benjamim, ele o

 intimou para estar na presença dele e, desta vez, ordenou-lhe que adorasse o sol e 

o fogo. O diácono respondeu: “faz de mim o que quiseres, mas eu nunca renegarei o

Criador do Céu e da terra, para prestar culto a criaturas perecedouras”. E, 

corajosamente, confrontou o rei indagando: “Que juízo farias de um súdito que 

prestasse a outros senhores a fidelidade que te é devida a ti?”.

Farpas embaixo das unhas
Furioso, Isdeberg ordenou que o torturassem em lugar público e, enquanto enfiavam

farpas embaixo das unhas e em outras partes sensíveis do corpo, o impeliam a

 negar a sua fé. Como persistiu em não negar a Cristo, aplicaram-lhe o suplício da 

empalação. Por volta do ano 424, morre São Benjamim, martirizado por anunciar e

 testemunhar Cristo.

Minha oração
“Senhor Jesus, aos 30 anos, Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. 

Dá-me essa graça, se preciso for. Amém.”

São Benjamim, rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 4,43-54

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

4,43-54

Naquele tempo,

Jesus partiu da Samaria para a Galileia.

O próprio Jesus tinha declarado,
que um profeta não é honrado na sua própria terra.

Quando então chegou à Galileia,
os galileus receberam-no bem,
porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito
em Jerusalém, durante a festa.
Pois também eles tinham ido à festa.

Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia,
onde havia transformado a água em vinho.
Havia em Cafarnaum um funcionário do rei
que tinha um filho doente.

Ouviu dizer que Jesus
tinha vindo da Judeia para a Galileia.
Ele saiu ao seu encontro
e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum
curar seu filho, que estava morrendo.

Jesus disse-lhe:
"Se não virdes sinais e prodígios,
não acreditais".

O funcionário do rei disse:

"Senhor, desce,
antes que meu filho morra!"

Jesus lhe disse:
"Podes ir, teu filho está vivo".
O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.

Enquanto descia para Cafarnaum,
seus empregados foram ao seu encontro,
dizendo que o seu filho estava vivo.

O funcionário perguntou
a que horas o menino tinha melhorado.
Eles responderam:
"A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde".

O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora
em que Jesus lhe havia dito:
"Teu filho está vivo".
Então, ele abraçou a fé,
juntamente com toda a sua família.

Esse foi o segundo sinal de Jesus.
Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.

domingo, 30 de março de 2025

Evangelho de hoje

*30/03/2025 - DOMINGO - 4º. DOMINGO DO TEMPO DA QUARESMA*

*1ª. Leitura:* (Js 5,9-12)
*Salmo responsorial:* 33(34)
*2ª. Leitura:* (2Cor 5,17-21)
*EVANGELHO DO DIA*
*(Lc 15,1-3.11-32)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas*
*Naquele tempo,  1 os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.  2  Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.  3  Então, Jesus contou-lhes esta parábola: 11  “Um homem tinha dois filhos.  12  O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.  13  Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.  14  Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar necessidade.  15  Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos.  16  O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam.  17  Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome.  18  Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti;  19  já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.  20 Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.  21  O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.  22  Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.  23 Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete.  24  Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.  25  O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança.  26  Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.  27  O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.  28 Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele.  29 Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30  Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 31  Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu.  32  Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'”.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sábado, 29 de março de 2025

Evangelho de hoje

*29/03/2025 - SÁBADO DA 3ª. SEMANA DO TEMPO DA QUARESMA*

*EVANGELHO DO DIA*
*(Lc 18,9-14)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas*
*Naquele tempo,  9 Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros:  10  “Dois homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos.  11  O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos.  12  Eu jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’.  13  O cobrador de impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’  14  Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sexta-feira, 28 de março de 2025

QUARESMA: TEMPO DE RECONCILIAÇÃO! - Pe. Gilberto Kasper Teólogo

 

QUARESMA: TEMPO DE RECONCILIAÇÃO!

 

 

                   O Quarto Domingo da Quaresma, chamado Laetare, porque de certa forma antecipa as alegrias preparadas neste forte Tempo de Reconciliação, remete-nos a um dos Sacramentos mais ricos da Igreja, embora subestimado, quando não banalizado: O Sacramento da Reconciliação! Depois da Eucaristia, é o Sacramento da Reconciliação que nos coloca de volta, diante do amor e do perdão de Deus. Para mim, o Sacramento da Reconciliação é como um antibiótico espiritual, que nos impermeabiliza espiritualmente, diante de todas as tentações que procuram afastar-nos do amor de Deus. Como é boa a sensação de termos sido perdoados ou de termos conseguido perdoar a alguém que nos machucou, ofendeu ou prejudicou!

                  

O Evangelho de São Lucas nos apresenta os passos do Sacramento da Reconciliação, na parábola do Pai Misericordioso, contada por Jesus no capítulo 15. O filho mais novo sai de casa, vira as costas para o pai, gasta numa vida desenfreada toda parte da herança que lhe coube e chega ao fundo do poço. Sob os escombros da rejeição, da exclusão e da discriminação da sociedade, faz a experiência da vida longe do pai. O pai sofre com a ausência do filho, mas não corre atrás. Fica esperando pacientemente. Deixa o filho fazer a experiência da miséria humana, da vida sem sentido e vazia de amor.

                   

No momento em que o filho se arrepende, ele mesmo dá o passo de volta: a conversão começa a acontecer, a fim de conduzi-lo à reconciliação! Não adianta procurarmos o Sacramento da Reconciliação por mero cumprimento de preceito, ou para agradar os pais, ou o marido a esposa. Deus espera que a iniciativa seja nossa, só nossa. Quando o pai avista a volta do filho, então sim, corre ao seu encontro; nem o deixa chegar. Abraça-o, sinal de acolhida; beija-o, sinal do ósculo da paz, devolvendo-lhe a paz que o pecado, o afastamento, lhe havia roubado; oferece-lhe uma túnica limpa, sinal de que não há mais o direito de culpar-se, pois obteve o perdão incondicional; sandálias nos pés, sinal de dignidade, pois só os filhos dos empregados andavam descalços; anel no dedo, sinal de herdeiro, mesmo que tenha esbanjado tudo o que havia herdado, volta a ser herdeiro do pai. E finalmente, o novilho gordo, a festa, a Eucaristia, que simboliza a ação de graças pela volta do filho, que estava morto e reviveu, perdido e foi reencontrado (cf. Lc 15,1-3.11-24).

 

                   Assim também nós somos convidados a celebrar a Reconciliação com Deus, conosco mesmos e com os outros, para que a Quaresma produza seus efeitos saborosos, oração de modo especial, pelo mundo afora. O Papa Francisco, quando trata da misericórdia de Deus, costuma afirmar que o Confessionário é o único Tribunal de onde o réu confesso sai absolvido!

 

            Pe. Gilberto Kasper

                    Teólogo

 

São Sebastião Pelczar - 28 de março

 

São Sebastião Pelczar, em tudo serviu a Deus, por isso, se consumiu

Origens
José Sebastião Pelczar nasceu em 17 de janeiro de 1842, na Polônia. Cresceu e

 viveu a sua infância impregnado da religiosidade popular da casa dos seus pais.

 Desde criança já apresentava uma sabedoria diferenciada. E, ainda estudante, decidiu

 dedicar a vida ao serviço de Deus, e isso o conduziu até o último dia de sua vida. 

Trajetória
Ingressou no Seminário Menor e, em 1860, iniciou os estudos teológicos no Seminário

 Maior de Przemysl, na Polônia. Em 1864, foi ordenado sacerdote. Nos inícios do seu

caminho sacerdotal, estudou em Roma; e, em 1868, voltou à Polônia para lecionar no

 seminário de Przemysl. Em 1882 e 1883 foi reitor da Universidade de Almae Matris de

 Cracóvia, se destacando como professor e um homem culto. Em 1899, foi nomeado 

Bispo Auxiliar de Przemysl. Um ano depois, se tornou bispo titular da diocese. Morreu 

no dia 28 de março de 1924, deixando o exemplo de um homem que em tudo serviu a

 Deus, por isso, se consumiu. 

Vocação
Desde jovem apresentou o desejo de servir a Deus. E, certa vez, escreveu em seu

 diário: “Os ideais terrenos vão-se desvanecendo, vejo o ideal de vida no sacrifício e o 

ideal do sacrifício vejo-o no sacerdócio”. Com 22 anos, quando foi ordenado 

sacerdote, passou a dedicar a sua vida ao estudo e à caridade. Foi membro da 

Sociedade de São Vicente de Paulo e da Sociedade de Educação Popular. Usando da

 inteligência que possuía, fundou centenas de bibliotecas e organizou cursos gratuitos

 com a intenção de ajudar na formação religiosa e social da época. 

São Sebastião Pelczar: fundador da Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus

Fundador
Em 1894, impulsionado por Deus e pelas necessidades da sociedade do seu tempo,

 fundou a Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus, que tem como 

carisma a difusão do Reino de amor do Coração de Jesus. Conduziu as Irmãs da 

congregação a serem sinal e instrumento de amor para as jovens, para os doentes e a

 todos aqueles que estivessem necessitados. 

Intelectual e caridoso
Soube com a própria vida dar exemplo de comunhão entre intelectualidade e caridade.

 Com os seus conhecimentos acadêmicos, ajudou a muitos padres e fiéis da sua 

diocese, mas também não esqueceu do seu dever moral e social, ajudando-os no 

cultivo da piedade popular e nas necessidades sociais que possuíam. Cuidou dos 

pobres, criou jardins de infância, forneceu refeições para os pobres, casas para os 

desabrigados, escolas para os jovens e ensino gratuito no Seminário para os rapazes 

pobres. Durante o seu pastoreio, a diocese de Przemysl cresceu na construção de

novas igrejas e capelas, a fim de conter a piedade popular do culto ao Sacratíssimo

 Coração de Jesus e de Nossa Senhora, suscitado por São Sebastião Pelczar. 

Beatificação e Canonização
Foi beatificado em 2 de junho de 1991, na Igreja do Sagrado Coração, em Rzeszów, 

por São João Paulo II, em ocasião da sua visita à Polônia. Aos 18 de maio de 2003,

 foi canonizado no Vaticano. 

Oração
Senhor, que chamastes São Sebastião Pelczar para ser fiel a tua voz e formar um

 povo para a santidade, ajuda-nos a, seguindo o seu exemplo, caminhar em direção à

 Tua vontade, sem nos esquecer de que somos os primeiros chamados a esta vida de 

santidade. Amém! 

Minha oração
“Senhor Jesus, como São Sebastião Pelczar, que eu saiba em tudo servir a Deus e

 por Ele me consumir. Amém.”

São Sebastião Pelczar, rogai por nós!