quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Santo Agostinho, doutor da Igreja - 28 de agosto

Santo Agostinho, doutor da Igreja

Origens

Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, em Tagaste, África. Foi educado à 

fé católica pela sua mãe, Santa Mônica, mas não seguiu seu exemplo.

Adolescente vivaz, perspicaz e exuberante, dedicou-se ao estudo da retórica e seu

 resultado foi excelente. Amava a vida e seus prazeres, cultivava amizades, teve 

paixões amorosas, adorava o teatro, buscava divertimentos e distrações. 

Em Cartagena, onde prosseguia seus estudos, apaixonou-se por uma moça; por ser

 de classe social inferior, fez dela apenas sua concubina, e o fruto desta relação foi 

Adeodato. 

Não obstante a sua jovem idade, Agostinho permaneceu-lhe fiel e assumiu a 

responsabilidade da vida doméstica. 

As Leituras lhe conduziram

Entretanto, a leitura de Hortensius, de Cícero, mudou seu modo de encarar as

 coisas. de – escreveu o grande orador – consiste nos bens que não perecem: 

sabedoria, verdade, virtudes”. Assim, Agostinho passou a buscá-las.

Começou a sua busca pela Bíblia. Mas, acostumado com textos retumbantes, a

 achou grosseira e ilógica. Então, aproximou-se do maniqueísmo. 

Ao voltar para Tagaste, abriu uma escola de gramática e retórica com a ajuda de um

benfeitor. Porém, a vida que levava não o satisfazia, por isso regressou a Cartagena, 

esperando encontrar uma vida melhor. Porém, continuou insatisfeito. A sua sede de

 verdade não se aplacava com a doutrina maniqueísta. 

Envolvimento com Heresias 

O jovem retórico promissor passa a outros tipos de busca. Assim, no ano 382, 

transferiu-se para Roma, com o companheiro e seu filho, sem que sua mãe o 

soubesse, apesar de ter ido a Cartagena. 

Na capital, porém, Agostinho manteve contato com os maniqueístas, dos quais 

recebeu ajuda e apoio. Depois, entendeu que a Providência atuava também através

 de escolhas erradas. A sua carreira teve sucesso, tanto que, em 384, conseguiu uma

 cátedra de Retórica em Milão. Contudo, sua inquietude interior continuava a 

atormentá-lo.

A busca da verdade

Sua ambição foi saciada, mas seu coração não. Para aperfeiçoar a sua “ars oratoria”, 

começou a seguir os sermões do santo Bispo Ambrósio. Queria entender suas 

capacidades dialéticas. 

Todavia, as palavras do Bispo o atingem profundamente. Neste ínterim, sua mãe

 Mônica se transfere para Milão, permanecendo ao seu lado, sobretudo, com as 

orações. No entanto, Agostinho se aproximava, cada vez mais, da Igreja católica, 

tanto que já se sentia catecúmeno. 

Agora só lhe faltava uma esposa que fosse cristã e não mais concubina. A mulher, que

 por anos havia convivido com ele, volta para a África. Ainda atormentado, Agostinho 

devora textos de filosofia e mergulha nas Sagradas Escrituras. Era tentado pela

 experiência dos pensadores grego e atraído pelo estilo de vida dos ascetas cristãos,

 mas não conseguiu se decidir.

A conversão: “Pega e lê”

Certo dia de agosto de 386, desorientado e confuso, deixando-se levar por um pranto 

copioso e desesperado, pareceu-lhe ouvir uma voz: “Pega e lê”! Achou que a voz o 

convidava a tomar em mãos as Cartas de Paulo, que estavam sobre a mesa, e a 

abri-las por acaso. E leu: “Comportemo-nos honestamente, como de dia, não em 

glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem 

em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado

 da carne em suas concupiscências” (Rm 13, 13-14). A leitura deste trecho foi-lhe

 fulgurante. Então, conseguiu mudar de vida e dedicar-se totalmente a Deus. 

Foi batizado por Santo Ambrósio na noite entre 24 e 25 de abril de 387. Desejoso de

 regressar à África, partiu para Roma, a fim de embarcar no porto de Óstia. Ali, faleceu

 sua mãe Mônica.

Fundador e Bispo

Em Tagaste, Agostinho funda sua primeira comunidade. Entre o fim de 390 e início de

 391, encontra-se, casualmente, na basílica de Hipona, onde o Bispo Valério pregava

 aos fiéis sobre a necessidade de um presbítero na sua diocese. Por entusiasmo 

popular, Agostinho foi conduzido diante do Bispo, que o ordenou sacerdote.

Ciente de ter que viver voltado para Deus, estudando e meditando as Escrituras,

 compreendeu que era chamado para algo mais. Sucedendo Valério, tornou-se Bispo 

de Hipona. 

Deixou numerosos escritos, onde conseguiu conciliar “fé e razão”. Entre eles, O livre 

arbítrioA TrindadeA cidade de Deus. Menção particular merecem As Confissões

nas quais Agostinho faz uma autonarração, deixando emergir, em modo magistral, a 

sua interioridade e a história do seu coração.

Minha oração

“Ao doutor da Igreja, rogamos a sabedoria do alto sobre todos aqueles que são líderes

 religiosos para que possam assumir, amar e cuidar de cada ovelha que o próprio 

Jesus os concedeu. Rogai também pelos agostinianos e a eles dê novas vocações.”

Santo Agostinho, rogai por nós! 

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