DEUS PENSOU A FAMÍLIA
POR PURO AMOR!
Aproxima-se
o Dia dos Pais, que abre, no mês vocacional, a SEMANA DA FAMÍLIA. A Igreja nos
conclama a revermos os valores de nossa Família, colocada de bruços nas últimas
décadas. Precisamos salvar nossa Família, engolida pelo tripé de contra-valores
do consumismo, hedonismo e individualismo, devolvendo-lhe a dignidade e
atribuindo-lhe a responsabilidade confiada pelo próprio Criador, que a
constituiu célula da sociedade. Deus viu que era bom pertencer a uma Família,
tanto que quis uma para si. O Povo de Deus, a Igreja de Jesus Cristo
identifica-se em torno de um espaço sagrado, o Templo; em torno de uma mesa, a
Eucaristia. A Família precisa retomar os valores que a identifiquem como tal e
deixar de ser uma simples "pensão melhorada", onde ninguém se
compromete com ninguém. À luz da Sagrada Família, somos convidados a promover
nossas famílias, principalmente as que passam por problemas e dificuldades. Na
Família pensada por Deus para nós, um é Anjo da Guarda do outro, porque Deus pensou
a família por puro amor!.
Na Festa do Dia dos Pais seria
bom refletirmos a Vocação à Paternidade, que tem sido desfigurada com a
ausência paterna no seio de tantas Famílias. Quantos Pais que não assumem a
Paternidade, outros abandonam suas Famílias e outros ainda remetem a
responsabilidade paterna às mães abandonadas à própria sorte. Outros, ainda,
sentem-se engolidos pela Cultura da Sobrevivência e acabam entregues à sorte de
inúmeros tipos de dependências: químicas, alcoólicas, falta de trabalho e
oportunidades dignas, perdendo o que Deus lhes deu de mais precioso: a própria
Família.
A Festa da Epifania do Senhor é uma
de quatro grandes manifestações que tratam de Deus feito Pessoa. As três outras
manifestações acontecem na visita dos pastores ao recém-nascido na manjedoura
em Belém, no batismo de Jesus por João Batista no Rio Jordão, e na Sua
Transfiguração no Monte Tabor diante de alguns discípulos. Na segunda
manifestação, os Reis Magos visitam o Menino recém-nascido, ainda na gruta de
Belém: Baltazar, árabe, levando incenso que representa a divindade do Menino;
Belchior, indiano, levando ouro, que representa a sua realeza e Gaspar, etíope,
levando mirra, mostrando a humanidade de Deus respirando vida naquele indefeso
menino junto de seus pais!
Somos convidados a ser
manifestação de esperança em nosso mundo turbulento, perdido em si mesmo, sem
rumo, sem perspectivas, e tantas vezes sem sentido. Uma estrela que conduza as
pessoas desesperadas e carentes à Jesus que salva e renova a esperança de que
nossas Famílias voltem a reencontrar os verdadeiros alicerces que as sustentem.
“Que nenhuma Família comece em qualquer de
repente. Que nenhuma Família termine por falta de amor. Que a mãe seja um céu
de aconchego e ternura, e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
Que a Família comece e termine sabendo aonde vai” (cf. Oração da Família do Pe.
Zezinho). Somente assim poderemos acolher o mistério, de que Deus pensou a
Família por puro amor!
Pe.
Gilberto Kasper
Teólogo
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