Nossa Senhora da Imaculada Conceição, um dogma de fé
Origens
A festa litúrgica que celebramos, hoje, exalta uma das grandes maravilhas da história
de nossa salvação: a Imaculada Conceição de Maria. Durante toda a sua vida terrena,
Maria foi livre da mancha do pecado. Essa verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo,
é muito antiga. “Entrando, o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’”
(Lucas 1,28). Muitos padres e doutores da Igreja Oriental, ao exaltarem a grandeza de
Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência,
mais pura do que os anjos.
A Repulsa
A Igreja Ocidental, que sempre amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade
para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Não por repulsa a Nossa
Senhora, mas para conservar a doutrina da redenção operada por Cristo em favor de
todos.
A Comprovação Teológica
Em 1304, o Papa Bento XI reuniu, na Universidade de Paris, uma assembleia dos
doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a
Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem
solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus
preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser
mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor,
de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Da repulsa da doutrina da Imaculada Conceição de Maria ao
Calendário Romano
O Calendário Romano
Rapidamente, a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe
Sant’Ana, foi introduzida no calendário romano. José de Anchieta foi o apóstolo que
propagou essa doutrina no Brasil. Desde o início de sua colonização, dedicou igrejas
a esse ministério.
A Medalha
A própria Virgem Maria apareceu, em 1830, a Santa Catarina Labouré pedindo que se
cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós”. Esta medalha, anunciada em todo o mundo, possibilitou a
devoção a Maria Imaculada, induzindo os bispos a solicitarem ao Papa a definição do
dogma, que já era vivenciado entre os cristãos.
O Dogma
Sendo assim, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa
Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria
isenta do pecado original”.
A Confirmação
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição
dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu sou a
Imaculada Conceição”.
Minha oração
“ Mãezinha, fostes concebida sem a mancha do pecado, mas para além desse dom
sobrenatural sob seguir o Cristo de modo perfeito, conceda a nós a força para vencer
os pecados e nos tornarmos cada vez mais a imagem e semelhança de seu Filho
Jesus. Amém.”

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