domingo, 31 de agosto de 2025

beato Alfredo Idelfonso

*SANTO DO DIA*

*BEATO ALFREDO ILDEFONSO SCHUSTER, CARDEAL, ARCEBISPO*
"Parece que as pessoas não se deixam mais convencer pela nossa pregação, mas, diante da santidade, ainda se ajoelham, acreditam e rezam. Parece que as pessoas são inconscientes diante das realidades sobrenaturais e indiferentes aos problemas da salvação. Mas se um verdadeiro Santo passar pela rua, vivo ou morto, todos correm para vê-lo". Nesta espécie de testamento espiritual, deixado aos seminaristas moribundos, encerra-se toda a essência da santidade de Alfredo Ildefonso Schuster, monge de coração, antes de ser pastor de almas na cidade de Milão, para aonde a Igreja o enviara. Dois dias depois de pronunciar estas palavras, no cortejo fúnebre que acompanhava seu caixão, de Venegono a Milão, todos se uniram e acorreram para ver a passagem de um Santo.
UM VERDADEIRO FILHO DE SÃO BENTO 
Natural de Roma, filho do mestre alfaiate dos Pontífices, quando criança Ildefonso ajudava a Missa perto do Vaticano. Ao ficar órfão de pai, entrou para a residência estudantil de São Paulo fora dos Muros, onde teve como mestres o Beato Plácido Riccardi e o Padre Bonifácio Oslander. Educado à oração, ao silêncio e à ascese, sentiu o desejo de se tornar monge beneditino na mesma Abadia. Em poucos anos, Alfredo tornou-se mestre dos Noviços, Prior claustral e abade ordinário. Durante seus anos de estudo, sem se descuidar dos seus deveres, conseguiu também se dedicar à arte sacra, à arqueologia e à história monacal e litúrgica, pela qual era apaixonado. Ao formar-se em Filosofia, no Colégio de Santo Anselmo, e receber o Doutorado em Teologia, foi ordenado sacerdote, em 1904. Logo a seguir, foram-lhe confiados os cargos mais onerosos, como o de Reitor do Pontifício Instituto Oriental, e a missão de Visitador apostólico na Lombardia, Campânia e Calábria. Em 1926, pregou os exercícios espirituais ao então arcebispo Roncalli - futuro Papa João XXIII – do qual celebrou o rito fúnebre.
MONGE-CARDEAL
Em 1929, Pio XI o escolheu como guia da arquidiocese ambrosiana de Milão e o criou Cardeal. Alfredo Ildefonso foi o primeiro a prestar juramento de lealdade diante do Rei Vitório Emanuel III, conforme previa a nova Concordata recém-assinada entre a Itália e a Santa Sé.
Milão recebeu o Cardeal Schuster de braços abertos, apesar dos anos difíceis que vislumbravam no horizonte. Na cidade ambrosiana, inspirado no seu mais ilustre predecessor - São Carlos Borromeu - fundou a União diocesana, composta de personalidades religiosas e leigas, que haviam recebido uma condecoração pontifícia. O Cardeal Ildefonso foi um verdadeiro pastor, que jamais poupou esforços: em 25 anos, visitou cinco vezes as paróquias do território; escreveu Cartas pastorais ao povo e ao Clero, para defender a pureza da fé, com suas prescrições litúrgicas; promoveu Sínodos diocesanos e Congressos eucarísticos; e mandou construir novos seminários, como o de Venegono, onde faleceu.
Os fiéis milaneses sentiam sua proximidade e retribuíam seu carinho: ao ouvi-lo, ninguém permanecia indiferente às suas palavras. Ildefonso transmitia os ensinamentos da Igreja, sobretudo, com seu exemplo.
O DIFÍCIL PAPEL DA IGREJA DURANTE A GUERRA 
No entanto, na Itália, foi instaurado o regime fascista. Em boa fé, Ildefonso pensava que, mediante a colaboração entre o governo e a Igreja, o Fascismo podia se tornar uma ideologia evangelizadora, profunda e firmemente cristã. Mas, não foi assim. Em 1938, o Cardeal Schuster já havia percebido isso, com a promulgação das leis raciais. Em uma homilia, que passou para a história, definiu o racismo desenfreado como "heresia". Em 1939, participou do Conclave, no qual o Cardeal Eugênio Giovanni Pacelli foi eleito Papa com o nome de Pio XII. Depois, explodiu a guerra. Em 1945, após a queda da República Social Italiana, Alfredo Ildefonso Schuster propôs um encontro de negociação entre os representantes partidários e Mussolini, mas, este último, preferiu fugir. Quando Mussolini e seus seguidores foram assassinados e expostos no Largo Loreto, o Arcebispo abençoou seus corpos, porque "todo cadáver devia ser respeitado". Após a guerra, o Cardeal Alfredo Ildefonso foi eleito o primeiro Presidente da Conferência Episcopal Italiana. Em 1954, já debilitado, retirou para o seminário de Venegono, onde faleceu em 31 de agosto. Alfredo Ildefonso Schuster foi beatificado, em 1996, por São João Paulo II.
*BEATO ALFREDO ILDEFONSO SCHUSTER ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

*FONTE:*
VATICANNEWS, PAULUS, BÍBLIA DE JERUSALÉM, BÍBLIA PEREGRINO, MISSAL COTIDIANO, CATÓLICO ORANTE, CIC, DEHONIANOS, FRANCISCANO, ARQUISP.

Evangelho de hoje

*31/08/2025 - DOMINGO - 22º. DOMINGO DO TEMPO COMUM*

*1ª. Leitura:* (Eclo 3,19-21.30-31)
*Salmo responsorial:* 67(68)
*2ª. Leitura:* (Hb 12,18-19.22-24a)
*EVANGELHO DO DIA*
*(Lc 14,1.7-14)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas*
*1  Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam.  7  Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então, contou-lhes uma parábola:  8  “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu,  9  e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.  10  Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isso vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados.  11  Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.  12  E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te, e isso já seria a tua recompensa. 13  Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos.  14  Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Martírio de São João Batista, o mártir da verdade - 29 de agosto

 

Martírio de São João Batista, o mártir da verdade

Origens 

A memória do martírio de São João Batista associa-se à solenidade da sua 

Natividade, que se celebra em 24 de junho. João era primo de Jesus, concebido, de 

modo tardio, por Zacarias e Isabel, ambos descendentes de famílias sacerdotais: 

seu nascimento é colocado cerca de seis meses antes daquele de Cristo, segundo

 o episódio evangélico da Visita de Maria a Isabel. 

Causa da Morte

A causa principal do martírio foi uma mulher: Herodíades, atual esposa de Herodes

 Antipas, ex-esposa do seu irmão de criação. João foi preso por ter denunciado este 

casamento ilegal.

Durante a festa de aniversário de Herodes, a filha de Herodíades, Salomé, dançou 

em homenagem ao rei, que era fascinado por ela: se ela dançasse, ele lhe permitiria

 pedir o que quisesse, até mesmo a metade do seu reino. Depois de consultar a mãe,

 ela pediu a cabeça de João Batista. Herodes não queria aceitar, mas não pôde

 recusar, porque lhe havia prometido. 

A Morte

Algum tempo depois do pedido de Salomé, o carrasco trazia a cabeça do profeta em 

um prato, entregando-a para Salomé e para sua maldosa mãe. 

Batista morreu como mártir, não um mártir da fé, porque não lhe pediram para 

renegá-la, mas um mártir da verdade. Ele era um homem “justo e santo” (At 3,14),

 condenado à morte por sua liberdade de expressão e fidelidade ao seu mandato.

João foi um mártir que sempre deixou espaço na sua vida, cada vez mais, para dar

 lugar ao Messias. 

A Pequena Basílica 

Por outro lado, a data da sua morte, ocorrida entre os anos 31 e 32, remonta à

 dedicação de uma pequena basílica, do século V, no lugar do seu sepulcro, em 

Sebaste da Samaria: de fato, parece que, naquele dia, tenha sido encontrada a sua 

cabeça, que o Papa Inocêncio II transladou para Roma, na igreja de São Silvestre 

“in Capite”. 

Celebração 

A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas: seu culto já 

existia na França, no século V, e em Roma no século seguinte.

Minha oração

“ Aquele que Batizou o Cristo também testemunhou com sua própria vida, ajudai-nos

 a dar bom testemunho de Jesus nos lugares mais extremos. Tornai os seus devotos

 testemunhas da verdade e da caridade até as últimas consequências. Amém!”

São João Batista, rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,17-29 -

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

6,17-29

Naquele tempo,

Herodes tinha mandado prender João,

e colocá-lo acorrentado na prisão.
Fez isso por causa de Herodíades,
mulher do seu irmão Filipe,
com quem se tinha casado.

João dizia a Herodes:
"Não te é permitido

ficar com a mulher do teu irmão".

Por isso Herodíades o odiava
e queria matá-lo, mas não podia.

Com efeito, Herodes tinha medo de João,
pois sabia que ele era justo e santo,
e por isso o protegia.
Gostava de ouvi-lo,
embora ficasse embaraçado quando o escutava.

Finalmente, chegou o dia oportuno.
Era o aniversário de Herodes,
e ele fez um grande banquete

para os grandes da corte, os oficiais

e os cidadãos importantes da Galileia.

A filha de Herodíades entrou e dançou,
agradando a Herodes e seus convidados.
Então o rei disse à moça:
"Pede-me o que quiseres e eu to darei".

E lhe jurou dizendo:
"Eu te darei qualquer coisa que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino".

Ela saiu e perguntou à mãe:

"O que vou pedir?"
A mãe respondeu:
"A cabeça de João Batista".

E, voltando depressa para junto do rei, pediu:

"Quero que me dês agora, num prato,
a cabeça de João Batista".

O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar.
Ele tinha feito o juramento diante dos convidados.

Imediatamente, o rei mandou
que um soldado fosse buscar a cabeça de João.
O soldado saiu, degolou-o na prisão,

trouxe a cabeça num prato e a deu à moça.
Ela a entregou à sua mãe.

Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá,
levaram o cadáver e o sepultaram.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Santo Agostinho, doutor da Igreja - 28 de agosto

Santo Agostinho, doutor da Igreja

Origens

Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, em Tagaste, África. Foi educado à 

fé católica pela sua mãe, Santa Mônica, mas não seguiu seu exemplo.

Adolescente vivaz, perspicaz e exuberante, dedicou-se ao estudo da retórica e seu

 resultado foi excelente. Amava a vida e seus prazeres, cultivava amizades, teve 

paixões amorosas, adorava o teatro, buscava divertimentos e distrações. 

Em Cartagena, onde prosseguia seus estudos, apaixonou-se por uma moça; por ser

 de classe social inferior, fez dela apenas sua concubina, e o fruto desta relação foi 

Adeodato. 

Não obstante a sua jovem idade, Agostinho permaneceu-lhe fiel e assumiu a 

responsabilidade da vida doméstica. 

As Leituras lhe conduziram

Entretanto, a leitura de Hortensius, de Cícero, mudou seu modo de encarar as

 coisas. de – escreveu o grande orador – consiste nos bens que não perecem: 

sabedoria, verdade, virtudes”. Assim, Agostinho passou a buscá-las.

Começou a sua busca pela Bíblia. Mas, acostumado com textos retumbantes, a

 achou grosseira e ilógica. Então, aproximou-se do maniqueísmo. 

Ao voltar para Tagaste, abriu uma escola de gramática e retórica com a ajuda de um

benfeitor. Porém, a vida que levava não o satisfazia, por isso regressou a Cartagena, 

esperando encontrar uma vida melhor. Porém, continuou insatisfeito. A sua sede de

 verdade não se aplacava com a doutrina maniqueísta. 

Envolvimento com Heresias 

O jovem retórico promissor passa a outros tipos de busca. Assim, no ano 382, 

transferiu-se para Roma, com o companheiro e seu filho, sem que sua mãe o 

soubesse, apesar de ter ido a Cartagena. 

Na capital, porém, Agostinho manteve contato com os maniqueístas, dos quais 

recebeu ajuda e apoio. Depois, entendeu que a Providência atuava também através

 de escolhas erradas. A sua carreira teve sucesso, tanto que, em 384, conseguiu uma

 cátedra de Retórica em Milão. Contudo, sua inquietude interior continuava a 

atormentá-lo.

A busca da verdade

Sua ambição foi saciada, mas seu coração não. Para aperfeiçoar a sua “ars oratoria”, 

começou a seguir os sermões do santo Bispo Ambrósio. Queria entender suas 

capacidades dialéticas. 

Todavia, as palavras do Bispo o atingem profundamente. Neste ínterim, sua mãe

 Mônica se transfere para Milão, permanecendo ao seu lado, sobretudo, com as 

orações. No entanto, Agostinho se aproximava, cada vez mais, da Igreja católica, 

tanto que já se sentia catecúmeno. 

Agora só lhe faltava uma esposa que fosse cristã e não mais concubina. A mulher, que

 por anos havia convivido com ele, volta para a África. Ainda atormentado, Agostinho 

devora textos de filosofia e mergulha nas Sagradas Escrituras. Era tentado pela

 experiência dos pensadores grego e atraído pelo estilo de vida dos ascetas cristãos,

 mas não conseguiu se decidir.

A conversão: “Pega e lê”

Certo dia de agosto de 386, desorientado e confuso, deixando-se levar por um pranto 

copioso e desesperado, pareceu-lhe ouvir uma voz: “Pega e lê”! Achou que a voz o 

convidava a tomar em mãos as Cartas de Paulo, que estavam sobre a mesa, e a 

abri-las por acaso. E leu: “Comportemo-nos honestamente, como de dia, não em 

glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem 

em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado

 da carne em suas concupiscências” (Rm 13, 13-14). A leitura deste trecho foi-lhe

 fulgurante. Então, conseguiu mudar de vida e dedicar-se totalmente a Deus. 

Foi batizado por Santo Ambrósio na noite entre 24 e 25 de abril de 387. Desejoso de

 regressar à África, partiu para Roma, a fim de embarcar no porto de Óstia. Ali, faleceu

 sua mãe Mônica.

Fundador e Bispo

Em Tagaste, Agostinho funda sua primeira comunidade. Entre o fim de 390 e início de

 391, encontra-se, casualmente, na basílica de Hipona, onde o Bispo Valério pregava

 aos fiéis sobre a necessidade de um presbítero na sua diocese. Por entusiasmo 

popular, Agostinho foi conduzido diante do Bispo, que o ordenou sacerdote.

Ciente de ter que viver voltado para Deus, estudando e meditando as Escrituras,

 compreendeu que era chamado para algo mais. Sucedendo Valério, tornou-se Bispo 

de Hipona. 

Deixou numerosos escritos, onde conseguiu conciliar “fé e razão”. Entre eles, O livre 

arbítrioA TrindadeA cidade de Deus. Menção particular merecem As Confissões

nas quais Agostinho faz uma autonarração, deixando emergir, em modo magistral, a 

sua interioridade e a história do seu coração.

Minha oração

“Ao doutor da Igreja, rogamos a sabedoria do alto sobre todos aqueles que são líderes

 religiosos para que possam assumir, amar e cuidar de cada ovelha que o próprio 

Jesus os concedeu. Rogai também pelos agostinianos e a eles dê novas vocações.”

Santo Agostinho, rogai por nós!