quarta-feira, 4 de junho de 2025

Francisco Caracciolo, o Santo da Eucaristia - 04 de junho

 

Francisco Caracciolo, o Santo da Eucaristia

Francisco Caracciolo, o Santo da Eucaristia

Sacerdote que, movido por admirável caridade para com Deus e o próximo, fundou a 

Congregação dos Clérigos Menores Regulares. Não é por acaso que Francisco 

Caracciolo é chamado de “o Santo da Eucaristia”.

Primeiros anos de vida

Ele nasceu, em 13 de outubro de 1563, em Villa Santa Maria (Chieti), da nobre e rica

 família Caracciolo. Seu amor por Jesus, Pão da vida, e pela Virgem Maria nasceu 

muito cedo, juntamente com a sua vocação. Ele morava com sua nobre e rica família 

na Vila Santa Maria. Desde a infância, costumava usar o escapulário, assim como

 recitava o rosário e jejuava todos os sábados.

Vocação a partir de um milagre

Aos 22 anos, ele foi atingido por uma doença grave, chamada de elefantíase, que o 

desfigurou por todo o corpo. Então, ele jura renunciar às riquezas terrenas para 

sempre em troca de cura. O seu pedido foi atendido. Dois anos depois, foi ordenado

 sacerdote e ficou conhecido por algumas supostas curas entre os doentes nos

 hospitais onde exerce seu ministério, bem como nas prisões. Sempre entre os

 últimos e excluídos, logo ele pede para fazer parte da Companhia dos Brancos, 

que em Nápoles serve os prisioneiros no corredor da morte e condenados no hospício

 dos Incuráveis. Estamos em 1588.

Nasce um novo carisma

Um dia, ele recebeu uma carta de um nobre genovês, Don Agostino Adorno, e do 

abade de Santa Maria Maior, em Nápoles, Fabrizio Caracciolo. Na realidade, é dirigida 

a um religioso de mesmo nome que faz parte de sua própria congregação, mas é

 entregue a ele, que a acolhe como sinal da Providência. Será graças a esse equívoco 

que Ascânio, juntamente com os dois personagens mencionados, se encontra com os 

camaldulenses e escreve a constituição de um novo instituto do qual é cofundador.

 É ele quem propõe acrescentar aos três votos de pobreza, castidade e obediência, 

um quarto voto que nos obriga a rejeitar qualquer ofício eclesiástico. Quando o novo

 instituto é reconhecido, Ascânio muda seu nome para Francesco.

Obrigado a ser autoridade

Em 1589, Francesco foi para a Espanha com Adorno, que queria

 expandir o novo instituto lá. A viagem, no entanto, não dá certo:

 depois de um ano, eles voltam para casa, Francesco fica doente, 

Adorno morre. Em 1591, Francisco foi eleito presbítero geral

 perpétuo, cargo que teve de aceitar para cumprir o voto de

 obediência, mas não mudou o seu modo de viver a penitência, 

o jejum ou mesmo o hábito de realizar os trabalhos mais humildes. 

Ele retorna à Espanha três anos depois, mas, em Madri, o rei

 Filipe II o ameaça de fechar o Hospital dos Italianos, onde cuida

 dos doentes e dá assistência a eles. Só em 1601 eleito mestre

 de noviços, poderá fundar uma casa em Valladolid, demonstrando

 grande capacidade de discernimento entre os jovens, prevendo 

a uns a vocação para a vida religiosa, a outros até a apostasia. 

Em 1607, foi finalmente dispensado de qualquer cargo e 

dedicou-se apenas à oração.

Características do santo

“Caçador de almas”, “pai dos pobres”, mas também “homem de bronze”: esses são os 

três apelidos com que Francisco era conhecido, que refletem perfeitamente as três 

faces de seu ministério. Não deixa de visitar os doentes e de assistir aos moribundos:

 no hospital, dedica-se com vigor aos trabalhos mais humildes, como arrumar as 

camas, limpar os quartos, remendar as roupas dos doentes. Ele também está sempre 

pronto para arrecadar esmolas para prover a educação das meninas, ele traz tudo o 

que tem para os pobres, literalmente tirando o pão da boca, muitas vezes, jejuando e 

dando as roupas que todos os irmãos descartam. Além disso, é incansável na escuta 

das confissões, no ensino do catecismo às crianças, na organização das obras de

 caridade e na pregação das verdades eternas aos fiéis.

Devoção e penitência

Se quer o melhor para os outros, não quer nada para si: Francisco escolhe sempre os 

mais pequenos, dorme e come muito pouco, além disso, faz obras de penitência, 

mesmo vestindo pano de saco nas festas e nas longas viagens a pé. Mas, sobretudo,

 promove o culto da Eucaristia, estabelecendo que os alunos da Ordem se revezam

 na Adoração ao Santíssimo Sacramento. Ele não se cansa de exortar também outros

 sacerdotes a essa prática, expondo o Santíssimo Sacramento em todos os primeiros

 domingos do meses.

Morte

Durante a Peregrinação à Santa Casa de Loreto, acabou falecendo em 4 de junho de 

1608, depois de invocar os Santos Miguel, José e Francisco de Assis. Foi canonizado

 por Pio VII em 1807. Suas palavras ainda ressoam atualmente, assim como seu

 pensamento: “Sangue precioso do meu Jesus, vós sois meu! Convosco e por meio 

de vós espero salvar-me. Meus sacerdotes, esforcem-se para celebrar a Missa, todos 

os dias, e inebriar-se com este Sangue!”.

A minha oração

“Ó grande propagador da Eucaristia, ensina-nos a viver como adoradores, para que, 

assim, cresça o nosso amor a Jesus e aos mais necessitados. Intercedei pelos 

sacerdotes na busca da santidade e da dedicação aos sacramentos, por Cristo nosso

 Senhor. Amém!”

São Francisco Caracciolo, rogai por nós!

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