Santa Brígida, mãe e monja
Copadroeira da Europa
Canonizada, em 1391, por Bonifácio IX, Santa Brígida é a padroeira da Suécia. Em
1999, foi declarada também copadroeira da Europa por São João Paulo II.
Infância
Brígida, quando criança, tinha, certamente, um caráter forte e decisivo. Pertencia a
uma família aristocrática. Embora sentisse a vocação religiosa, aceitou casar-se com
Ulf, o governador de um importante distrito do Reino da Suécia, a pedido do seu pai.
Matrimônio
A primeira parte da sua vida, marcada por uma grande fé, foi dedicada a um
casamento feliz, do qual nasceram oito filhos. Uma, dentre eles, Catarina – que a
seguiu até Roma – também foi canonizada. Junto com seu marido, adotou a Regra
das Terciárias Franciscanas e fundou um pequeno hospital. Guiada por um erudito
religioso, estudou a Bíblia, a ponto de ser apreciada por sua pedagogia, por isso foi
convocada pelo rei da Suécia para encaminhar a jovem rainha à cultura sueca. Após
mais de vinte anos de casamento, seu marido faleceu. Assim, começa a segunda
parte da sua vida.
Monja
Brígida fez uma escolha decisiva: despojou-se dos seus bens e foi viver no mosteiro
cisterciense de Alvastra. Naquela época, destacavam-se muitas experiências místicas,
depois relatadas nos oito livros das Revelações. Aqui, também teve início a sua nova
missão. Em 1349, Brígida foi a Roma para obter o reconhecimento da sua Ordem,
dedicada ao Santíssimo Salvador, que deveria ser composta, segundo seu desejo, de
monjas e religiosas. Então, decidiu estabelecer-se na Cidade Eterna, em uma casa na
Praça Farnese, que ainda hoje é sede da Cúria Geral das Brigidinas. Porém, sofria
por causa dos maus costumes e da degradação generalizada da cidade, que ressentia
muito pela ausência do Papa, que, na época, vivia em Avinhão.
Intercessora da Igreja
O ponto alto da sua missão – como o de Santa Catarina da Sena, sua contemporânea
– era pedir ao Papa para voltar ao túmulo de Pedro. Seu único remorso foi o fato de o
Papa não ter ficado definitivamente em Roma. Na verdade, em 1367, o Papa Urbano
V tinha voltado, mas foi apenas por um breve período. Gregório XI estabeleceu-se,
definitivamente, em Roma, mas alguns anos depois da morte de Santa Brígida.
Luta pela paz
Outro “aspecto” do forte compromisso de Brígida era a paz na Europa. Naquele tempo,
as suas obras de caridade foram decisivas. Ela, que era nobre, vivia na pobreza, a
ponto de pedir esmolas nas portas das igrejas. Aquele também era um período de
peregrinações a vários lugares da Itália, de Assis a Gargano. Enfim, a peregrinação
das peregrinações à Terra Santa. Brígida tinha quase 70 anos, mas isso não
influenciou seu desejo.
Espiritualidade da cruz
O ponto central da sua experiência de fé foi a Paixão de Cristo, como também a
Virgem Maria. Testemunhas disso foram o “Rosário Brigidino” e as orações, ligadas às
graças particulares prometidas, por Jesus a ela, para quem os praticasse. Santa
Brígida faleceu em Roma, em 23 de julho de 1373. Confiou a Ordem a sua filha
Catarina, que, ao se tornar viúva, juntou-se a ela, quando vivia em Farfa.
Querida pelos Papas
São João Paulo II destacou: “A Igreja, sem se pronunciar sobre cada uma das
revelações, aceitou a autenticidade do conjunto das suas experiências interiores”.
A figura de Santa Brígida foi muito querida pelos últimos Papas. Bento XVI, por
exemplo, dedicou uma catequese durante a Audiência Geral. O Papa Francisco
queria canonizar aquela que, no século XX, tinha renovado a Ordem do Santíssimo
Salvador, Maria Elizabeth Hesselblad, dando-lhe um forte impulso ecumênico, tendo
sempre em vista a busca de paz e unidade, tão queridas por Brígida.
A minha oração
Querida Brígida, mãe e monja, intercessora da família e da Igreja, rogai a Deus pelos
religiosos assim como pelas famílias. Pedi ao Senhor a conversão da Europa e dos
pecadores do mundo inteiro. Amém!
Santa Brígida, rogai por nós!
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