sábado, 20 de dezembro de 2025

São Pedro Canísio - 21 de Dezembro

 

Santos do Dia da Igreja Católica – 21 de Dezembro

São Pedro Canísio

A catequese sempre exerceu um fascínio tão grande sobre Pedro Canísio que, quando tinha menos de treze anos, ele já reunia meninos e meninas à sua volta para ensinar passagens da Bíblia, orações e detalhes da doutrina da Igreja. Mais tarde, seria autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de duzentas edições e foi traduzido em quinze línguas. Mas teve também grande atuação no campo teológico, combatendo os protestantes.
Peter Kanijs para os latinos, Pedro Canísio nasceu em 8 de maio 1521, no ducado de Geldern, atual Holanda. Ao contrário dos demais garotos, preferia os livros de oração às brincadeiras. Muito estudioso, com quinze anos seu pai o mandou estudar em Colônia e, com dezenove, recebeu o título de doutor em filosofia. Mas não aprendeu somente as ciências terrenas. Com um mestre profundamente católico, Pedro também mergulhou, prazerosamente, nos estudos da doutrina de Cristo, fazendo despertar a vocação que se adivinhava desde a infância.
No ano seguinte ao da sua formatura, os pais, que planejaram um belo futuro financeiro para a família, lhe arranjaram um bom casamento. Mas Pedro Canísio recusou. Não só recusou como aproveitou e fez voto eterno de castidade. Foi para Mainz, dedicar-se apenas ao estudo da religião. Orientado pelo padre Faber, célebre discípulo do futuro santo Inácio de Loyola, em 1543 ingressou na recém-fundada Companhia de Jesus. Três anos depois, ordenado padre jesuíta, recebeu a incumbência de voltar para Colônia e fundar uma nova Casa para a Ordem. Assim começou sua luta contra um cisma que abalou e dividiu a Igreja: o protestantismo.
Quando era professor de teologia em Colônia, sendo respeitado até pelo imperador, Pedro Canísio conseguiu a deposição do arcebispo local, que era abertamente favorável aos protestantes. Depois, participou do Concílio de Trento, representando o cardeal Oto de Augsburg. Pregou e combateu o cisma, ainda, em Roma e Messina, onde lecionou teologia. Mas teve de voltar à Alemanha, pois sua presença se fazia necessária em Viena, onde o protestantismo fazia enormes estragos.
Foi nesse período que sua luta incansável trouxe mais frutos e que também escreveu a maior parte de suas obras literárias. Fundou colégios católicos em Viena, Praga, Baviera, Colônia, Innsbruck e Dillingen. Foi nomeado pelo próprio fundador, Inácio de Loyola, provincial da Ordem para a Alemanha e a Áustria. Pregou em Strasburg, Friburg e até na Polônia, sempre denunciando os seguidores do sacerdote Lutero, pai do protestantismo.
Admirado pelos pontífices e governantes do seu tempo, respeitado como primeiro jesuíta de nacionalidade alemã, Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburg, atual Suíça, após cinqüenta e quatro anos de dedicação à Companhia de Jesus e à Igreja. Foi canonizado por Pio XI, em 1925, para ser festejado, no dia de sua morte, como são Pedro Canísio, doutor da Igreja, título que também recebeu nessa ocasião.

EVANGELHO Mt 1, 18-24 - 21 de dezembro de 2025

 EVANGELHO Mt 1, 18-24

+ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.

Palavra da salvação.

São Domingos de Silos - 20 de dezembro

 

São Domingos de Silos, restaurador do mosteiro de Silos

Origens 

São Domingos nasceu em Cañas, vila da província de Navarra (Espanha), isso no ano

 1000, dentro de uma humilde família cristã. Quando o pai de Domingos enxergou a 

inclinação do filho para os estudos religiosos, tratou logo de encaminhá-lo para a 

formação que o levou — por vocação —, ao sacerdócio.

Ordenação
Ordenado sacerdote, passou mais de um ano na família e, depois, viveu dezoito

 meses na solidão. Com o passar do tempo, entrou para a família beneditina, 

ingressando no mosteiro de Santo Emiliano, onde logo foi feito mestre dos noviços

pelo abade do mosteiro. Em seguida, foi encarregado de restaurar o priorado de

 Santa Maria de Cañas. Após isso, foi feito prior do mosteiro de Santo Emiliano.

Eremita
Certo dia, o príncipe de Navarra, sem dinheiro para as suas guerras, veio ao mosteiro

 exigir uma contribuição exorbitante. Os monges estavam dispostos a ceder, mas 

Domingos recusou. Fugindo da vingança do príncipe, exilou-se em Burgos, onde 

Fernando Magno, rei de Castela e Aragão, o recebeu em seu palácio. São Domingos 

retirou-se, todavia, para um eremitério fora da cidade. Então, o rei pensou no mosteiro

 de São Sebastião de Silos, quase abandonado, e deu-o ao recém-chegado, a 14 de 

janeiro de 1041.

São Domingos de Silos e as três coroas 

Um sonho, um chamado
Na Ordem de São Bento, São Domingos de Silos descobriu o seu chamado a uma 

contemplação profunda e ações que salvassem almas, sendo assim, recebeu de um 

anjo em sonho a promessa de 3 coroas que significavam: uma por ter abandonado o

 mundo mal e se ter encaminhado para a vida perfeita; outra por ter construído Santa

 Maria de Cañas e ter observado castidade perfeita; e a terceira pela restauração de

 Silos. De fato, esta última coroa se realizou perfeitamente, pois durante os 30 anos

 de pai (abade) no mosteiro de São Sebastião em Silos, este local tornou-se centro de

 cultura e cenáculo de evangelização para a Igreja e o Mundo.

Libertou Escravos
Tornou-se um dos homens mais populares da Espanha após libertar um bom número 

de escravos cristãos detidos pelos mouros. Por volta do ano 1061, Domingos

 restaurou o culto de São Vicente e de suas irmãs, mártires de Ávila.

Páscoa
O abade de Silos faleceu a 20 de dezembro de 1073, entre os seus numerosos filhos 

espirituais e assistido pelo Bispo de Burgos. Foi sepultado no claustro.

Via de Santificação
São Domingos, que foi amado pelo povo e respeitado por reis e rainhas, operou em

 vida e também depois da morte muitos milagres, os quais provaram com clareza o 

quanto se encontra no Céu tão íntimo, quanto buscava ser aqui na terra. 

Relíquia
Em 1076, o Bispo de Burgos transferiu o corpo de São Domingos para a igreja de São

 Sebastião. E a abadia foi perdendo pouco a pouco o nome de São Sebastião para 

adotar o de São Domingos.

Minha oração

“Querido monge Domingos, suscitai novas vocações à vida contemplativa, à doação

 total de vida, aos carismas de clausura para que a  Igreja seja sustentada na oração

 e oblação dessas almas amantes do Senhor. Amém.”

São Domingos de Silos, rogai por nós!

Evangelho (Lc 1,26-38)

 

Evangelho (Lc 1,26-38)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Ó chave de Davi, que abre as portas do reino eterno: oh, vinde e livrai do cárcere o preso, sentado nas trevas!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor.

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29 Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34 Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível”. 38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Santo Urbano V - 19 de dezembro

 

Santos do Dia da Igreja Católica – 19 de Dezembro

Santo Urbano V

O Papa Urbano V assumiu o cargo em 1362, numa época em que a Europa sofria agitações sociais muito intensas. Numa tentativa de manter o pontífice longe das intrigas e das lutas políticas e revolucionárias, que dominavam Roma, a sede da Igreja fôra transferida para Avignon, na França.
Urbano era monge beneditino e pertencia a uma nobre família francesa. Quando jovem estudou ciências jurídicas e depois lecionou direito em Montpellier e na própria Avignon. Um dia, trocou a laureada toga pelo humilde hábito de monge, chegando a ocupar altos cargos dentro da Ordem beneditina.
Sua biografia é cheia de adjetivos elogiosos: “professor emérito, estudioso de renome, abade de iluminada doutrina e espiritualidade”. Por tudo isso foi escolhido pelo Papa Inocêncio IV para desempenhar missões diplomáticas delicadas. Pelo mesmo motivo, quando Inocêncio morreu, foi eleito seu sucessor, mesmo não sendo cardeal.
Seu pontificado durou somente oito anos, mas caracterizou-se, segundo os registros oficiais, pela sábia administração, pelo esforço de renovar os costumes e pela nobreza de intenções. Ele reformou a disciplina eclesiástica e reorganizou a corte pontifícia de maneira que fosse um exemplo de vida cristã, cortando pela raiz muitos abusos. Mas também se preocupava com a instrução do povo. Era o período do humanismo e o ex-professor de direito não mediu esforços para promover as ciências e criar novos centros de estudos. A pedido do rei da Polônia, ergueu e fundou a universidade da Cracóvia e, na universidade de Montpellier, fundou um colégio médico, ajudando pessoalmente estudantes pobres.
No terreno político e militar seu trabalho também foi reconhecido. Organizou uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ameaçavam a Europa. No plano missionário, enviou numerosos grupos de religiosos às regiões européias ainda necessitadas de evangelizadores, como a Bulgária e a Romênia. Além de organizar uma expedição missionária para levar a palavra aos mongóis da longínqua Ásia.
O grande sonho do Papa Urbano V, porém, era levar de volta a sede da Igreja para Roma. Conseguiu isso, em outubro de 1367, sendo recebido com entusiasmada aclamação popular. Foi o primeiro a se estabelecer no palácio ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano. E, desde então, se tornou a residência oficial dos pontífices. Mas a paz durou pouco. Alguns anos depois Urbano V foi novamente obrigado a deixar Roma, e voltar para Avignon, onde faleceu em 19 de dezembro de 1370.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,5-25

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas

1,5-25

Nos dias de Herodes, rei da Judeia,
vivia um sacerdote chamado Zacarias,
do grupo de Abia.
Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel.

Ambos eram justos diante de Deus
e obedeciam fielmente
a todos os mandamentos e ordens do Senhor.

Não tinham filhos, porque Isabel era estéril,
e os dois já eram de idade avançada.

Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo
as funções sacerdotais no Templo,
pois era a vez do seu grupo.

Conforme o costume dos sacerdotes,
ele foi sorteado para entrar no Santuário,
e fazer a oferta do incenso.

Toda a assembleia do povo
estava do lado de fora rezando,
enquanto o incenso estava sendo oferecido.

Então apareceu-lhe o anjo do Senhor,
de pé, à direita do altar do incenso.

Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado
e o temor apoderou-se dele.

Mas o anjo disse:
"Não tenhas medo, Zacarias, 

porque Deus ouviu tua súplica.
Tua esposa, Isabel, vai ter um filho,
e tu lhe darás o nome de João.

Tu ficarás alegre e feliz,
e muita gente se alegrará com o nascimento do menino,

porque ele vai ser grande diante do Senhor.
Não beberá vinho nem bebida fermentada
e, desde o ventre materno,
ficará repleto do Espírito Santo.

Ele reconduzirá muitos do povo de Israel
ao Senhor seu Deus.

E há de caminhar à frente deles,
com o espírito e o poder de Elias,
a fim de converter os corações dos pais aos filhos,
e os rebeldes à sabedoria dos justos,
preparando para o Senhor um povo bem disposto".

Então Zacarias perguntou ao anjo:
"Como terei certeza disto?
Sou velho e minha mulher é de idade avançada".

O anjo respondeu-lhe:
"Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus,
e fui enviado para dar-te esta boa notícia.

Eis que ficarás mudo e não poderás falar,
até ao dia em que essas coisas acontecerem,
porque tu não acreditaste nas minhas palavras,
que hão de se cumprir no tempo certo".

O povo estava esperando Zacarias,
e admirava-se com a sua demora no Santuário.

Quando saiu, não podia falar-lhes.
E compreenderam que ele tinha tido uma visão no Santuário.
Zacarias falava com sinais e continuava mudo.

Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário,
Zacarias voltou para casa.

Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida,
e escondeu-se durante cinco meses.

Ela dizia: "Eis o que o Senhor fez por mim,
nos dias em que ele se dignou
tirar-me da humilhação pública!"

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

O NATAL E A SAGRADA FAMÍLIA! - Pe. Gilberto Kasper Teólogo

 

O NATAL E A SAGRADA FAMÍLIA!

 

 

Na oitava do Natal celebramos o Natal e a Sagrada Família! O Natal perdeu muito de seu verdadeiro sentido. Há 50 anos, antes de entrarmos para a era do pós-industrialismo e seu laicismo pragmático e materialista, aproximadamente 80 em cada 100 lares tinham ao menos um Menino Jesus e uma Sagrada Família num cantinho da sala. O Natal era um momento significativo para o crescimento na fé. E o centro desta celebração era a pessoa frágil e indefesa do Menino Jesus. Era muito importante entender Seu nascimento.

Nos tempos atuais, pelo menos 98% das lojas tem um Papai Noel. Nas vitrines enfeitadas, Jesus não entra. A Festa do Natal deixou de ser do Menino de Belém para se tornar daquele que tem coisas para dar às crianças ou aos amigos. Ser não é importante. Ter ficou mais importante: coisa típica do industrialismo materialista. Perdeu o grupo, o coletivo e venceu o individualista, o opulento, o velho (Papai Noel) que tem e dá.

Para a Igreja, o Batismo é um desafio. É nascer em Jesus e assumir o seu projeto de vida e liberdade para todos. É andar, pensar, amar e orar com Jesus. É nascer de novo e ir renascendo a cada dia. E viver o compromisso de fé decorrente do Batismo. Eis a proposta para uma “Igreja em Saída”, missionária e toda ela ministerial, como tanto nos pedia o Papa Francisco!

O Natal insere-se nessa mística. Acontece que a morte tem sido institucionalizada no triste contexto da civilização das ogivas nucleares, do macro mercado, dos macros marginais, do crime internacional, da corrupção tão devastada entre os representantes legítimos do povo, dos juros extorsivos, da morte mais eficiente, da produção que se perde e do 1,2 bilhão de famintos e miseráveis.

Os meios de comunicação encarregam-se de difundir a cultura da morte com milhares de cenas violentas dos Robocops, Rambos, etc. A morte diverte e vende mais. De tragédias anunciadas, então, nem se fala! Quase não se fala de pessoas recuperadas de drogas, álcool e vulnerabilidade social. Só são anunciados os números de óbitos: vidas ceifadas pela violência no trânsito, o que parece dar mais audiência, ou não! Os números já são tão elevados, que não sensibilizam mais ninguém.

O nascimento de um bebê dá menos ibope do que um acidente que fere e mata. A vida está menos importante num mundo que destrói mares, florestas e nações sem o menor escrúpulo.

Festejar o Natal nesse tipo de mundo supõe uma profissão de fé na vida e no Autor dela. Devolver o Natal às famílias e lutar para que não fique circunscrito às Igrejas são tarefas desafiadoras. O Natal descristianizou-se e nós permitimos isso. Papai Noel ocupou o espaço social, econômico, político e até religioso que era de Jesus. Os cristãos perderam o marketing. No Natal, fala-se mais de Papai Noel do que de Jesus.

Nós e nossas Famílias podemos mudar isso! Se colocarmos os símbolos certos em nossas casas. Se crermos em Jesus. Ele tem de aparecer mais do que o Papai Noel. Mais ainda: deverá ser percebido em nossas relações humanas de amor e de ternura, como é O Natal e a Sagrada Família!

No próximo domingo, dia 28 de dezembro, às 9 horas, somos todos convidados a participar do encerramento do grande Jubileu do aniversário de Jesus Cristo, na Catedral Metropolitana, juntando-nos ao nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva. Não teremos, por isso, a Missa das 9 horas na Igreja Santo Antoninho, na Avenida Saudade, 202, nos Campos Elíseos. Vamos nos encontrar, todos, na Catedral de São Sebastião!

Pe. Gilberto Kasper

          Teólogo

 

Nossa Senhora do Ó, esperamos o Salvador - 18 de dezembro

 

Nossa Senhora do Ó, esperamos o Salvador

Origens
Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia

 com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título

 de “Nossa Senhora do Ó”. Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os 

anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. 

A Longa Espera
Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do

 mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, 

como no mais puro e limpo dos espelhos.

A Expectativa do Nascimento do Salvador
A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe

 jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita 

entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para 

corredentora da humanidade. Ao esperar o Seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os 

ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Di

Nossa Senhora do Ó: suspiramos pela vinda de Jesus

Aclamamos a Mãe do Redentor
As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes, desde hoje até

 a Véspera do Natal, e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó (“Ó Sabedoria,

 vinde ensinar-nos o caminho da salvação”; “Ó rebento da Raiz de Jessé, vinde libertar-nos, não tardeis

 mais”; “Ó Emanuel, vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus”), como expoente altíssimo

 do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram 

ao povo espanhol a formosa invocação de “Nossa Senhora do Ó”. 

Os céus nos envia o Redentor
É uma ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana

 da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e 

abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

A Festa

Instituída
A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de 

Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública 

confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho

 de Dume. Além da presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo

 Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo

 Ildefonso.

Uma festa, vários títulos
Primeiro, comemorava-se, na data de  hoje, a Anunciação de Nossa Senhora e 

Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título 

de “Expectação do parto”. Assim ficou sendo na Hispânia, e passou a muitas Igrejas

 da França etc. Ainda hoje, é celebrada na Arquidiocese de Braga.

Minha oração

“ Maria, padroeira das gestantes e daquelas que desejam engravidar, pedimos que

 realize os milagres mais impossíveis a favor da vida e do crescimento cristão. Às

 gestantes em risco, dai conforto e fortaleza, saúde e esperança, para que o nome de 

Jesus seja amado e adorado em todo o mundo. Amém.”

Nossa Senhora do Ó, rogai por nós!