terça-feira, 16 de setembro de 2025

São Cornélio e São Cipriano, Papa e Bispo - 16 de setembro

 

São Cornélio e São Cipriano, Papa e Bispo

Origens 

A comemoração destes dois mártires, São Cornélio e São Cipriano, no mesmo dia, é 

muito antiga. O Martirológio de São Jerônimo já os celebrava juntos. Essa data

 escolhida indica, em particular, a renúncia ao trono papal do primeiro e a morte do

segundo por decapitação. 

Cornélio, o Papa

Em Roma, no ano 251, após alguns anos de cargo vacante, devido à perseguição de

 Décio, Cornélio foi eleito Papa em 251. Era um romano, talvez, de origem nobre, mas, 

certamente, reconhecido como homem de fé, justo e amoroso.

Contudo, a sua eleição não foi aceita pelo herege Novaciano, que se fez consagrar 

antipapa e promoveu um cisma precisamente na Cidade de Roma. 

Cornélio — que apoiava a distância o Bispo Cipriano —, foi acusado de ser muito 

manso com os “lapsos”: estes eram apóstatas, que retornavam à Igreja, sem as 

devidas penitências. Estes voltavam às atividades, simplesmente com a apresentação

 de um certificado de reconciliação, obtido de algum suposto confessor.

Além do mais, uma epidemia abateu-se sobre Roma e, depois, teve início também a 

perseguição anticristã de Galo. O Papa Cornélio foi exilado e preso em Civitavecchia,

 onde faleceu em 253, mas foi sepultado nas catacumbas de São Calisto, em Roma.

Cipriano, Bispo

Cipriano nasceu em Cartago, no ano 210, era um hábil retórico, que exercia a profissão

 de advogado. Certo dia, ao ouvir a palavra de Jesus, converteu-se ao Cristianismo. 

Transcorria o ano 246.

Graças à sua fama de intelectual, foi imediatamente ordenado sacerdote e consagrado

 Bispo da sua cidade. Mas, em Cartago, a situação dos cristãos não era fácil:

 agravaram-se as perseguições de Décio, depois de Galo, Valeriano e Galieno. 

Assim, muitos fiéis, ao invés de morrer, decidiram voltar ao paganismo. Com o tempo, 

alguns se arrependeram, mas a conduta de acolhida e benevolência do Bispo Cipriano

 com eles não foi aceita pelos rigoristas. Envolvido na contenda dos “lapsos”, lutou 

contra o Padre Novato, que apoiava o antipapa Novaciano, e contra o diácono 

Felicissimo, que havia eleito Fortunato como antibispo. 

Em 252, Cipriano conseguiu convocar um Concílio, em Cartago, para condená-los, 

enquanto o Papa Cornélio, em Roma, confirmava a excomunhão deles. Durante a 

perseguição de Valeriano, o clandestino Cipriano retornou a Cartago, para dar

 testemunho da fé, mas ali foi martirizado.

Amor à verdade

A memória dos santos mártires São Cornélio e São Cipriano, os quais celebramos

 hoje, o mundo cristão os louva a uma só voz, como testemunhas de amor por aquela 

verdade que não pode ceder, professada por eles em tempos de perseguição diante

 da Igreja de Deus e do mundo.

Minha oração

“Os santos mártires doaram sua vida pela fé, e quão lindo testemunho é ver os 

pastores entregando-se como Jesus. Fazei que nossos líderes tenham a mesma

 coragem e força para sustentar a fé do povo de Deus, assim como testemunhar 

com a própria vida. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!”

São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!

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