sábado, 31 de maio de 2025

Evangelho de hoje

*31/05/2025 - SÁBADO DA 6ª. SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA*

*VISITAÇÃO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA - FESTA*

*EVANGELHO DO DIA*
*(Lc 1,39-56)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas*
*39  Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia.  40  Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.  41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.  42  Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!  43  Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?  44  Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre.  45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.  46  Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor,  47  e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,  48  porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,  49  porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo  50  e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.  51 Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração.  52 Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes.  53  Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.  54 Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia,  55  conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”. 56  Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Santa Joana d’Arc - Santo do dia 30 de maio

 

Santo do dia 30 de maio: Santa Joana d’Arc

Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo.

Filha de Jaques d’Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas.

Ouvia as “vozes” do arcanjo Miguel, das santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Os pais, no início, não deram importância , depois acharam que estava louca e por fim acreditaram, mas temeram por Joana.

A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto.

Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus.

E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão.

Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa.

A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como “feiticeira, blasfema e herética”. Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen.

Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d’Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d’Arc, mártir da pátria e da fé.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,20-23a

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

16,20-23a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

"Em verdade, em verdade vos digo:
Vós chorareis e vos lamentareis,
mas o mundo se alegrará;
vós ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se transformará em alegria.

A mulher, quando deve dar à luz,
fica angustiada porque chegou a sua hora;
mas, depois que a criança nasceu,
ela já não se lembra dos sofrimentos,
por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo.

Também vós agora sentis tristeza,
mas eu hei de ver-vos novamente
e o vosso coração se alegrará,
e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.

Naquele dia, não me perguntareis mais nada".

quinta-feira, 29 de maio de 2025

S. Paulo VI, Papa 29 maio

 

S. Paulo VI, Papa

S. Paulo VI, Papa, Basílica de São Paulo Extramuros 

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade.
No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924.

Ofícios no Vaticano

Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933.
João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!"

Da Igreja Ambrosiana ao Trono Pontifício

Em 1954, João Batista Montini tornou-se, repentinamente, Arcebispo de Milão. Com isto, demonstrou o verdadeiro pastor oculto em si, dedicando atenção especial aos problemas do mundo do trabalho, à imigração e às periferias: promoveu a construção de mais de cem novas igrejas, lugares apropriados para desenvolver sua "Missão de Milão", em busca dos "irmãos distantes".
Dom Montini recebeu, antes, a púrpura cardinalícia de João XXIII, em 15 de dezembro de 1958, e participou do Concílio Vaticano II, onde apoiou, abertamente, a linha reformadora.
Após a morte de Ângelo Roncalli, foi eleito Papa, em 21 de junho de 1963, escolhendo o nome de Paulo, com uma clara referência ao Apóstolo dos Gentios.

A força reformadora do Concílio

Um dos objetivos fundamentais de Paulo VI foi dar continuidade, em todos os aspectos, à obra do seu predecessor. Por isso, retomou os trabalhos do Concílio Vaticano II, conduzindo-os com atenciosas mediações, favorecendo e moderando a maioria reformadora, até à sua conclusão, em 8 de dezembro de 1965. Mas, antes, foi anulada a mútua excomunhão, ocorrida, em 1054, entre Roma e Constantinopla.
Coerente com a sua inspiração reformadora, atuou uma profunda ação transformadora das estruturas do governo central da Igreja, criando novos organismos para o diálogo com os não cristãos e os infiéis, instituindo o Sínodo dos Bispos e encaminhando a reforma do Santo Ofício.
Comprometido com a difícil tarefa de implementar e aplicar as orientações, que emergiram no Concílio Vaticano II, Paulo VI deu impulso também ao diálogo ecumênico, mediante encontros e iniciativas relevantes. O impulso renovador, no âmbito do governo da Igreja, traduziu-se, depois, na reforma da Cúria, em 1967.

As Encíclicas em diálogo com a Igreja e com o mundo

O desejo de Paulo VI de dialogar no âmbito eclesial, com as várias confissões e religiões e com o mundo, esteve ao centro da sua primeira encíclica “Ecclesiam suam” de 1964, seguida por outras seis, entre as quais a “Populorum progressio” de 1967, sobre o desenvolvimento de os povos, que teve uma ampla ressonância, e a “Humanae vitae” de 1968, dedicada à questão dos métodos de controle da natalidade, que suscitou inúmeras controvérsias, até em muitos ambientes católicos.
Outros documentos importantes do pontificado de Paulo VI foram a Carta apostólica “Octogesima adveniens” de 1971, pelo pluralismo do compromisso político e social dos católicos, e a Exortação apostólica “Evangelii nuntiandi” de 1975, sobre a evangelização do mundo contemporâneo.

A novidade das Viagens Apostólicas

As ideias inovadoras de Paulo VI não se restringiram apenas no âmbito do Vaticano. Ele foi o primeiro Papa a dar início ao costume de fazer viagens, desde a sua eleição: ao período conciliar, remontam suas três primeiras Viagens, das nove, que, durante seu Pontificado, o levaram aos cinco Continentes. Em 1964, foi à Terra Santa, depois à Índia e, em 1965, a Nova Iorque, onde fez um discurso histórico diante da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em território italiano, fez dez Visitas pastorais.
A aspiração mundial deste Papa pode ser percebida também na obra de maior ênfase do caráter de representação universal do Colégio Cardinalício e do papel central da política internacional da Santa Sé, sobretudo pela paz. A propósito, instituiu o Dia Mundial da Paz, celebrado todos os anos, desde 1968, no dia 1º de janeiro.

Seus últimos anos e falecimento

A fase final do Pontificado de Paulo VI foi assinalada, dramaticamente, pelos fatos históricos do sequestro e morte do seu amigo, Aldo Moro, pelo qual, em abril de 1978, fez um apelo às Brigadas Vermelhas pedindo a sua libertação, mas em vão.
Paulo VI faleceu, quase improvisamente, na noite de 6 de agosto do mesmo ano de 1978, na residência apostólica de Castel Gandolfo, e foi sepultado na Basílica Vaticana. Foi proclamado Beato, em 19 de outubro de 2014, pelo Papa Francisco, que também o canonizou na Praça de São Pedro, em 14 de outubro de 2018.

Oração de Paulo VI

Eis a oração que Paulo VI rezava nos momentos de dificuldade:
Senhor, eu creio; eu quero crer em vós.
Senhor, fazei que a minha fé seja plena.
Senhor, fazei que a minha fé seja livre.
Senhor, fazei que a minha fé seja firme.
Senhor, fazei que a minha fé seja forte.
Senhor, fazei que a minha fé seja alegre.
Senhor, fazei que a minha fé seja ativa.
Senhor, fazei que a minha fé seja humilde.
Amém.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,16-20

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

16,16-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

"Pouco tempo ainda, e já não me vereis.
E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo".

Alguns dos seus discípulos disseram então entre si:
'O que significa o que ele nos está dizendo:
'Pouco tempo, e não me vereis,
e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo',
e: 'Eu vou para junto do Pai?'"

Diziam, pois:
"O que significa este pouco tempo?
Não entendemos o que ele quer dizer".

Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo;
então disse-lhes:

"Estais discutindo entre vós
porque eu disse:
'Pouco tempo e já não me vereis,
e outra vez pouco tempo e me vereis'?

Em verdade, em verdade vos digo:
Vós chorareis e vos lamentareis,
mas o mundo se alegrará.
Vós ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se transformará em alegria".

quarta-feira, 28 de maio de 2025

São Germano de Paris - 28 de maio

São Germano de Paris, bispo, homem de oração. Atentado contra a vida desde a infância Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que a sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão. Criação Eremítica Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo e destacando-se por seu ardor espiritual. Ordenação e monastério Decorrido esse tempo, em 531, ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que, pela decadência ali reinante, o supervisionava com certa dificuldade. Ali recebeu os dons de milagres e profecias por sua intensa vida de oração, chegando a permanecer diversas noites em vigílias. Bispado em Paris Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade. Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica. Contexto expressivo Germano participou ainda de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concílio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570. Entrementes, não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas havia dado a um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa. Falecimento Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo, os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade. A minha oração “Querido Bispo, que com ardor missionário e vida de intensa espiritualidade cuidou de Paris com todo o zelo, por isso, pedimos para a Igreja santos pastores. Assim como rezamos pelo nosso bispo local, para que, com a graça de Deus, possa realizar a sua missão em santidade de vida!” São Germano, rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,12-15

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,12-15 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu".

terça-feira, 27 de maio de 2025

S. Agostinho, arcebispo de Cantuária 27 maio S. Agostinho, arcebispo de CantuáriaS. Agostinho, arcebispo de Cantuária (Joachim Schäfer - Ökumenisches Heiligenlexikon) Dar o próprio sim ao Senhor significa também aceitar ser enviado para onde a gente não gostaria de ir, ainda mais se fosse o Papa pedir, pessoalmente. Agostino sabia muito bem disso, tanto que deixou a sua vida tranquila de Prior do Mosteiro beneditino de Santo André no Célio, em Roma, para empreender uma longa viagem para terras desconhecidas, que, além do mais, eram hostis. Agostinho aceitou por ter feito, entre outros, o voto de obediência. Realidade complexa no além-mar O contexto da Grã-Bretanha, entre os séculos V e VI, não era dos melhores. O país havia sido cristianizado, antes, pelos missionários celtas peninsulares, que haviam feito um excelente trabalho entre os Bretões. No entanto, foram expulsos com a chegada dos Saxões, Anglos e Jutos, povos germânicos pagãos, que começaram a invadir o território, a partir de 596. Os Bretões, que, por sua vez, se refugiaram entre as montanhas do Gales, recaíram na idolatria. Entretanto, o rei dos Jutos de Kent, Etelberto, que conseguiu alastrar sua influência até ao Essex, Sussex e Leste inglês - terras dominadas pelos Saxões - não demonstrou ser hostil ao cristianismo. Tanto que se casou com Berta, princesa cristã, filha do rei de Paris, concordando com seu pedido para a construção de uma igreja cristã em Kent. Neste contexto, o santo Papa Gregório Magno, entendeu que os tempos eram propícios para uma nova Evangelização daquelas terras. Esta decisão foi tomada por ficar impressionado com a beleza e a gentileza de alguns escravos ingleses, levados para Roma. Chegando a compará-los aos anjos, o Papa teve a ideia de criar, na Inglaterra, uma nova Igreja, dependente de Roma, como aquela francesa, tomando precisamente o exemplo da França como trampolim. Início da viagem: etapa na França Para iniciar a sua missão, o Pontífice decidiu nomear o beneditino Agostinho, que na época era Prior do Célio, em Roma, superior de 40 monges. A sua principal característica não era, certamente, a coragem, mas, sem dúvida, a sua humildade e docilidade: de fato, disse sim, imediatamente. A delegação partiu em 597, detendo-se, como primeira etapa, na França, na ilha de Lérins. Ali, os monges, acolhidos nos mosteiros da região, ouviram histórias assustadoras de todo tipo de perversidades, cometidas pelas populações britânicas, com as quais deveriam conviver, tanto que Agostinho, aterrorizado, voltou imediatamente para ter com o Papa, pedindo-lhe para mudar seu destino. Mas, São Gregório Magno não cedeu. Para animá-lo, nomeou-o Abade e, ao voltar para a Gália, o consagrou também como Arcebispo de Arles. Finalmente, ao retomarem a viagem, os monges chegaram à Inglaterra, na ilha de Thenet. Evangelização da Grã-Bretanha A comunidade de monges foi acolhida pelo rei de Kent, com sua consorte cristã, e os acompanharam a Cantuária, uma cidade entre Londres e o mar, escolhida como ponto de partida da nova missão: levar a Palavra de Deus aos Ingleses. No começo, os monges se defrontaram com uma grande resistência do povo, tanto que Agostinho adotou um meio evangelização mais brando, disposto a acolher até algumas das tradições pagãs mais tradicionais. Foi um sucesso! Em apenas um ano, mais de dez mil anglo-saxões foram batizados, praticamente todo o reino de Kent, inclusive o rei (futuro Santo), que deu a Agostinho seu total apoio, abertamente. Como reconhecimento, em 601, o Papa enviou-lhe o pálio sagrado como qual o consagrava Metropolita da Inglaterra. Antes do seu eterno descanso, Agostinho conseguiu consagrar mais duas sedes episcopais, além de Cantuária: Londres e Rochester, cujos presbíteros escolhidos foram, respectivamente, Melito e Justo. Com o seu falecimento, em 604, seu corpo foi sepultado em Cantuária, na igreja a ele dedicada, onde é venerado por católicos e anglicanos.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,5-11

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,5-11 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: 'Para onde vais?' Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: o pecado, porque não acreditaram em mim; a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado".

segunda-feira, 26 de maio de 2025

SÃO FILIPE NÉRI - 26 DE MAIO

S. Filipe Néri, presbítero, fundador da Congregação dos Padres do Oratório 26 maio Nas periferias do centro Quando Filipe chega a Roma, em 1534, era como uma luz acesa no escuro da miséria, que surgia entre as glórias da Ara Pacis e os lustres travertinos dos palácios reais. O centro da Cidade representa a degradação das periferias: ali, em São Jerônimo, na Via Giulia, Filipe alugou um quartinho. De dia, com rosto simpático e coração orgulhoso, levava, a quem encontrava, o calor de Deus, mesmo sem ser padre e, quando podia, dava um pedaço de pão; dispensava carinho e conforto a quem sofria na repartição do Hospital dos Incuráveis. À noite, a alma de Filipe se aquecia e se envolvia em um diálogo tão íntimo com Deus, a ponto que a sua cama podia ser, sem nenhum problema, no átrio de uma igreja ou na pedra de uma catacumba. Sempre sorridente Seu sorriso, - lembra o Papa Francisco, - o transformou em um “apaixonado anunciador da Palavra de Deus”. Este foi o seu segredo, que fez dele um “trabalhador entre as almas”. A sua paternidade espiritual, - observa Francisco, - “reflete-se em suas ações, acompanhada de confiança nas pessoas; enfrentava gestos pessimistas e carrancudos com espírito festivo e alegre, convicto de que a graça não alterava o seu caráter, pelo contrário, conformava, fortalecia e aperfeiçoava”. “Filipe aproximava-se aos poucos das pessoas, com uma desculpa qualquer, e logo se tornavam seus amigos”, narra seu biógrafo. E o Papa comenta: “Amava a espontaneidade e evitava meios artificiais; escolhia as maneiras mais divertidas para educar às virtudes cristãs; no entanto, mantinha uma disciplina pessoal saudável, que implicava o exercício da vontade para acolher Cristo na concretude da sua vida”. A Congregação do Oratório Tudo isso encantava quem, conhecendo Filipe, queria fazer como ele. O “Oratório” nasceu assim, entre as barracas da periferia romana, que, apesar do mau cheiro, de dia eram perfumadas por uma caridade concreta, não como um desenho no papel ou por uma esmola fria caída do céu. “Graças também ao apostolado de São Filipe”, - reconhece o Papa Francisco, - “sua obra pela salvação das almas se tornava uma prioridade para a ação da Igreja; ele compreendeu que os Pastores deviam estar no meio do povo, guiando-o e encorajando-o na fé”. Filipe transformou-se em um verdadeiro pastor, em 1551, tornando-se sacerdote, o que não mudou o seu estilo de vida. Com o tempo, por seu intermédio, nasceu a primeira comunidade, gérmen da futura Congregação, que, em 1575, recebeu o beneplácito do Papa Gregório XIII. “Sejam obedientes” “Filhos, sejam humildes e obedientes; sejam humildes e obedientes”, repetia Filipe, lembrando que, para ser filho de Deus, “não era suficiente honrar só os superiores, mas honrar também os semelhantes e inferiores, procurando ser o primeiro a honrar”. Ele exortava a seguir o exemplo de uma alma contemplativa, como Maria aos pés de Jesus, e o pensamento que reinava no coração de Marta, afirmando: “É melhor obedecer ao sacristão e ao porteiro, quando chamam, do que ficar no quarto rezando”. São Filipe Néri, o terceiro “Apóstolo de Roma”, entregou seu espírito a Deus na madrugada de 26 de maio de 1595. O dinamismo do seu amor nunca diminuiu! A cidade de Roma parece repetir: “Não é hora de dormir, porque o Paraíso não é para ociosos”!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,26-16,4a

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,26-16,4a Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. Eu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora".

domingo, 25 de maio de 2025

São Beda

*SANTO DO DIA*

*SÃO BEDA, O VENERÁVEL, PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA*
"Eu, Beda, servo de Cristo e sacerdote do mosteiro dos Beatos Apóstolos Pedro e Paulo, situado em Wearmouth e Jarrow... nasci no território deste mosteiro; com sete anos de idade, meus pais me confiaram os cuidados do reverendíssimo abade Bento e, depois, ao mosteiro de Ceolfrid, onde me formei. Desde então, passei toda a minha vida neste mosteiro". Esta citação autobiográfica do Venerável Beda, em 731, encontra-se em sua obra-prima “Historia ecclesiastica gentis Anglorum” (“História eclesiástica do Povo inglês”), uma das maiores obras da historiografia do início da Idade Média. Seu nascimento ocorreu entre os anos 672 e 673. Tornou-se Diácono, aos 19 anos, e ordenado sacerdote aos 30. São Beda dedicou toda a sua existência ao estudo das Escrituras Sagradas e ao ensino (semper aut discere aut docere aut scribere): seus únicos interesses eram aprender, ensinar e escrever sempre; seus dias eram iluminados pela oração e o canto em coro.
"VENERÁVEL" POR SUA SABEDORIA E CIÊNCIA 
Beda deve a sua cultura à leitura dos livros das bibliotecas de Wearmouth e Jarrow. Por isso, sua formação foi vasta e articulada e seu conhecimento de uma amplitude surpreendente. Ele lia em grego e hebraico, recorrendo a Cícero, Virgílio, Lucrécio, Ovídio, Terêncio e, em particular, aos Padres da Igreja, sobretudo para seus estudos bíblicos. Desta forma, em suas lições emergem sua sabedoria e teologia. A didática de Beda era interdisciplinar, que o levava aprofundar os Textos Sagrados, também através de autores da antiguidade pagã e do conhecimento científico de seu tempo. Os frutos do seu conhecimento foram os inúmeros escritos teológicos, históricos e científicos, como também suas obras eruditas e pedagógicas. São Beda Venerável faleceu em 26 de maio de 735, em Jarrow, onde foi sepultado. Seus restos mortais foram transferidos, em 1022, para a catedral de Darham, por desejo de Eduardo, o Confessor, o penúltimo dos reis dos Anglo-saxões e rei da Inglaterra. O título de "Venerável", que Beda recebeu já durante a sua vida, pela sua fama de santidade e sabedoria, se difundiu rapidamente, tanto que o Conselho de Aquisgrana o descreveu como "Venerabilis et modernis temporibus doctor admirabilis Beda" (Beda, Venerável e magnífico Doutor dos nossos tempos). Por fim, o Papa Leão XIII o declarou, em 13 de novembro de 1899, Doutor da Igreja.
OS ESCRITOS 
Beda foi autor do primeiro martirológio histórico; escreveu manuais para os monges copistas; redigiu o “Liber de loquela per gestum digitorum”, que ensinava a fazer conta com os dedos; compôs poemas e versos; dedicava-se, sobretudo, à história, comentando e interpretando, de modo especial, as Sagradas Escrituras. "As Sagradas Escrituras foram a fonte constante da reflexão teológica de Beda", disse Bento XVI em sua catequese na Audiência geral de 18 de fevereiro de 2009, toda dedicada ao monge inglês. O Santo Venerável é considerado o maior exegeta da Igreja Ocidental, desde o fim da era patrística, também por seus comentários, tratados e coleções de homilias. Era sua a Bíblia usada pela Igreja até 1966. É muito famosa a sua “História eclesiástica dos Povos anglo-saxônicos”: trata-se de 400 páginas, em uma Coleção de 5 livros, sobre a narração política e eclesiástica da história da Inglaterra, desde a época de César até os seus dias.
ANTES E DEPOIS DE CRISTO ... QUESTÃO DE NÚMEROS 
Considerando que o nascimento de Cristo é centro da história, Beda foi o primeiro a narrar os anos, divididos em "antes de Cristo" e "depois de Cristo".
"O Cálculo, por ele cientificamente elaborado, para estabelecer a data exata da celebração da Páscoa e, portanto, todo o Ciclo do ano Litúrgico, tornou-se o texto de referência para toda a Igreja Católica" (Bento XVI, audiência geral de 18 de fevereiro de 2009). São Beda inventou as anotações e rodapés. Por fim, devemos recordar que o lema do Papa Francisco "Miserando atque eligendo", reproduzido no brasão pontifício, é foi extraído da Homilia 21 de Beda, sobre o episódio evangélico da vocação de São Mateus: "Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque elegendo vidit , ait illi Sequere me” (“Jesus viu um publicano, cobrador de impostos, olhou-o com sentimento amoroso e escolheu-o, dizendo: Segue-me”).
*SÃO BEDA, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

*FONTE:*
VATICANNEWS, PAULUS, BÍBLIA DE JERUSALÉM, BÍBLIA PEREGRINO, MISSAL COTIDIANO, CATÓLICO ORANTE, CIC, DEHONIANOS, FRANCISCANO, ARQUISP.

Evangelho de hoje

*25/05/2025 - DOMINGO - 6⁰. DOMINGO DO TEMPO DA PÁSCOA*

*1ª. Leitura:* (At 15,1-2.22-29)
*Salmo responsorial:* 66(67)
*2ª. Leitura:* (Ap 21,10-14.22-23)
*EVANGELHO DO DIA*
*(Jo 14,23-29)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João*
*Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:  23  “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada.  24  Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.  25 Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26  Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.  27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.  28  Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.  29 Disse-vos isto agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sábado, 24 de maio de 2025

São Vicente de Lerins

*SANTO DO DIA*

*SÃO VICENTE DE LÉRINS, SACERDOTE*
As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica. Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para “espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã”. Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins. Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa. Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o “Comnitorium”, também conhecido como “manual de advertência aos hereges”. Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como “um livro de ouro”, porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica. Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a “Advertência aos hereges” teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias. Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais. Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra “Homens ilustres”. Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.
*SÃO VICENTE DE LÉRINS, ROGAI A DEUS PAI POR NÓS!*

*FONTE:*
VATICANNEWS, PAULUS, BÍBLIA DE JERUSALÉM, BÍBLIA PEREGRINO, MISSAL COTIDIANO, CATÓLICO ORANTE, CIC, DEHONIANOS, FRANCISCANO, ARQUISP.

Evangelho de hoje

*24/05/2025 - SÁBADO DA 5ª. SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA*

*EVANGELHO DO DIA*
*(Jo 15,18-21)*

*Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João*
*Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:  18  “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim.  19  Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.  20  Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.  21  Tudo isso eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.*
*Palavra da salvação.*
Glória a vós Senhor!

sexta-feira, 23 de maio de 2025

SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI - 23 de maio

João Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698 na Itália. Aos dez anos foi trabalhar para uma família muito rica em Gênova para poder estudar. Três anos depois, se transferiu definitivamente para Roma, morando na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas. Lá se doutorou em Filosofia e Teologia. João Batista tinha uma excessiva carga de atividade evangelizadora junto aos jovens e às pessoas abandonadas e pobres. Com isso, teve um esgotamento físico e psicológico que desencadearam os ataques epiléticos e uma grave doença nos olhos. Recebeu a unção sacerdotal em 1721. O seu rebanho eram os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraía cristãos de toda a cidade e de outras vizinhanças. Aos sessenta e seis anos de idade, a doença finalmente o venceu e ele morreu no dia 23 de maio de 1764, tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade dos devotos.SÃO JOÃO BATISTA DE ROSSI rogai por nós

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,12-17

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,12-17 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros".

quinta-feira, 22 de maio de 2025

SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 DE MAIO

SANTA RITA DE CÁSSIA Uma infância cheia de devoção A pequena periferia de Roccaporena, na Úmbria, foi berço de Margarida Lotti, provavelmente por volta de 1371, chamada com o diminutivo de “Rita”. Seus pais, humildes camponeses e pacificadores, procuraram dar-lhe uma boa educação escolar e religiosa na vizinha cidade de Cássia, onde a instrução era confiada aos Agostinianos. Naquele contexto, amadurece a devoção a Santo Agostinho, São João Batista e São Nicolau de Tolentino, que Rita escolheu como seus protetores. Mulher e mãe dedicada Por volta de 1385, a jovem se uniu em matrimônio com Paulo de Ferdinando de Mancino. A sociedade de então era caracterizada por diversas contendas e rivalidades políticas, nas quais seu marido estava envolvido. Mas a jovem esposa, através da sua oração, serenidade e capacidade de apaziguar, herdadas pelos pais, o ajudou a viver, aos poucos, como cristão de modo mais autêntico. Com amor, compreensão e paciência, a união entre Rita e Paulo tornou-se fecunda, embelezada pelo nascimento de dois filhos: Giangiacomo e Paulo Maria. Porém, a espiral de ódio das facções políticas da época acometeram seu lar doméstico. Assassinato do esposo e perdão O esposo de Rita, que se encontrava envolvido também por vínculos de parentela, foi assassinado. Para evitar a vingança dos filhos, escondeu a camisa ensanguentada do pai. Em seu coração, Rita perdoou os assassinos do seu marido, mas a família Mancino não se resignou e fazia pressão, a ponto de desatar rancores e hostilidades. Rita continuava a rezar, para que não fosse derramado mais sangue, fazendo da oração a sua arma e consolação. Doença dos filhos Entretanto, as tribulações não faltaram. Uma doença causou a morte de Giangiacomo e de Paulo Maria; seu único conforto foi pensar que, pelo menos, suas almas foram salvas, sem mais correr o risco de serem envolvidos pelo clima de represálias, provocado pelo assassinato do marido. Tendo ficado sozinha, Rita intensificou sua vida de oração, seja pelos seus queridos defuntos, seja pela família de Mancino, para que perdoasse e encontrasse a paz. Pedido recusado Com a idade de 36 anos, Rita pediu para ser admitida na comunidade das monjas agostinianas do Mosteiro de Santa Maria Madalena de Cássia. Porém, seu pedido foi recusado: as religiosas temiam, talvez, que a entrada da viúva de um homem assassinado pudesse comprometer a segurança do Convento. No entanto, as orações de Rita e as intercessões dos seus Santos protetores levaram à pacificação das famílias envolvidas na morte de Paulo de Mancino e, após tantas dificuldades, ela conseguiu entrar para o Mosteiro. Monja Agostiniana Narra-se que, durante o Noviciado, para provar a humildade de Rita, a Abadessa pediu-lhe para regar o tronco seco de uma planta, e sua obediência foi premiada por Deus, pois a videira, até hoje, é vigorosa. Com o passar dos anos, Rita distinguiu-se como religiosa humilde, zelosa na oração e nos trabalhos que lhe eram confiados, capaz de fazer frequentes jejuns e penitências. Suas virtudes tornaram-se famosas até fora dos muros do Mosteiro, também por causa das suas obras de caridade, juntamente com algumas coirmãs; além da sua vida de oração, ela visitava os idosos, cuidava dos enfermos e assistia aos pobres. A Santa das rosas Cada vez mais imersa na contemplação de Cristo, Rita pediu-lhe para participar da Sua Paixão. Em 1432, absorvida em oração, recebeu a ferida na fronte de um espinho da coroa do Crucifixo. O estigma permaneceu, por quinze anos, até a sua morte. No inverno, que precedeu a sua morte, enferma e obrigada a ficar acamada, Rita pediu a uma prima, que lhe veio visitar em Roccaporena, dois figos e uma rosa do jardim da casa paterna. Era janeiro, período de inverno na Itália, mas a jovem aceitou seu pedido, pensando que Rita estivesse delirando por causa da doença. Ao voltar para casa, ficou maravilhada por ver a rosa e os figos no jardim e, imediatamente, os levou a Rita. Para ela, estes eram sinais da bondade de Deus, que acolheu no Céu seus dois filhos e seu marido. Veneração de Rita Santa Rita expirou na noite entre 21 e 22 de maio de 1447. Devido ao grande culto que brotou logo depois da sua morte, o corpo de Rita nunca foi enterrado, mas mantido em uma urna de vidro. Rita conseguiu reflorescer, apesar dos espinhos que a vida lhe reservou, espalhando o bom perfume de Cristo e aquecendo tantos corações no seu gélido inverno. Por este motivo e em recordação do prodígio de Roccaporena, a rosa é, por excelência, o símbolo de Rita. A minha oração “Rita, grande intercessora das famílias, a ti pedimos verdadeiras graças de conversão sobre aqueles aos quais amamos. Tuas rosas são sinais de salvação, por isso, te pedidos a paciência e o perdão, a oração e intercessão, ajuda-nos de forma concreta nesta luta. Amém!” Santa Rita de Cássia , rogai por nós!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,9-11

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,9-11 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena".

quarta-feira, 21 de maio de 2025

São Cristóbal Magallanes Jara - 21 de maio

São Cristóbal Magallanes Jara, também conhecido como Cristóvão de Magalhães é um mártir e santo venerado na Igreja Católica que foi assassinado sumariamente enquanto celebrava a Missa durante a guerra dos Cristeiros no México. Infância e juventude Nascido em Totatiche, Jalisco, México no dia 30 de julho de 1869. Filho de Rafael de Magallhães e Clara Jara, que trabalhavam como fazendeiros. Seu trabalho durante a infância era de pastoreio e entrou no seminário São José em Guadalajara com 19 anos. Sacerdócio Foi ordenado com 30 anos em Guadalajara e trabalhou como capelão da escola do Espírito Santo na mesma cidade. Após alguns anos foi designado pároco de sua cidade natal Totatiche. Seus biógrafos coincidem em que era um sacerdote piedoso e serviçal. Em sua paróquia ajudou a fundar escolas, carpintarias e planejou a represa conhecida como "La Candelária". Executou um grande trabalho pastoral entro os índios huichol, ajudando a que estes repovoassem a cidade de Azqueltán. Fundou um orfanato, um asilo para idosos e criou capelas e pequenas Igrejas nas fazendas da sua paróquia. Em 1916 fundou o Seminário Auxiliar de Nossa Senhora de Guadalupe donde saíram um de seus companheiros de martírio Agustín Caloca Cortés e o que o sucedeu na paróquia Pe. José Pilar Quezada Valdés. Martírio Magalhães sempre escreveu e pregou contra a rebelião armada, mas foi falsamente acusado de promover a rebelião Cristeira na sua região. Preso em 21 de Maio de 1927 enquanto se dirigia para celebrar a Missa numa fazenda, deu aos seus assassinos seus bens, e sem julgamento, foi martirizado quatro dias depois com outros católicos em Colotlán, Jalisco. Diante de seus assassinos, São Cristóvão de Magalhães disse em voz alta: Sou e morro inocente; perdoo de coração aos que me matam e peço a Deus que meu sangue sirva para a paz dos Mexicanos desunidos Original (em castelhano): Soy y muero inocente; perdono de corazón a los autores de mi muerte y pido a Dios que mi sangre sirva para la paz de los mexicanos desunidos — São Cristóvão de Magalhães (em castelhano) . Vendo um de seus companheiros assustado lhe disse: Padre, só um momento e estaremos no Céu Original (em castelhano): Padre, solo un momento y estaremos en el Cielo — São Cristóvão de Magalhães (em castelhano) Estas foram suas últimas palavras. Após sua morte foo sucedido como pároco pelo Frei José Pilar Quezada Valdés, que foi posteriormente o primeiro bispo da Arquidiocese de Acapulco. Canonização e Representações na cultura popular Padre Cristóvão de Magalhães foo canonizado pelo Papa João Paulo II em 21 de Maio de 2000. Ele é venerado na Igreja Católica como memória facultativa no dia 21 de Maio.

Beatos Padre Manuel González e seu coroinha, Adílio Daronch, - 21 de maio

 

Beatos Padre Manuel González e seu coroinha, Adílio Daronch, fuzilados no Brasil

Resumo

Padre Manuel Gómez González (1877-1924) e seu coroinha Adílio Daronch 

(1908-1924), mártires que, no Brasil, depois de serem maltratados e amarrados a

 duas árvores em um morro, foram fuzilados, morrendo por causa do ódio que seu

 algozes tinham da fé cristã e da Igreja Católica.

Vida de González

Emmanuel Gómez González, filho de José e Josefina, nasceu em 29 de maio de 1877

 em São José de Ribarteme, na Diocese de Tuy, Espanha. Ele foi batizado no dia

 seguinte. Ordenado sacerdote, em 24 de maio de 1902, exerceu seu ministério

 sacerdotal em sua diocese natal por dois anos. 

Missionário

Em 1904, seu pedido para ser incardinado na vizinha Diocese de Braga, Portugal, foi

 atendido. Ele serviu lá como pároco de 1905 a 1913. Quando a perseguição política

e religiosa começou, em 1913, Padre González foi autorizado a navegar para o Brasil.

 Após breve passagem pelo Rio de Janeiro, Dom Miguel de Lima Valverde o acolheu 

na Diocese de Santa Maria (RS), e, em 23 de janeiro de 1914, confiou-lhe o cargo de

 pároco da Saudade. Em dezembro de 1915, o Padre González foi transferido para a 

parte norte da diocese, para uma grande paróquia de Nonoai (RS), que poderia ser 

considerada uma pequena diocese. 

Frutos do ministério

Dedicou-se à evangelização com tanto entusiasmo que, nos oito anos de seu

 ministério, melhorou significativamente o nível de fé nessa área. Seu ministério

 também incluiu o cuidado pastoral dos índios nativos e o cargo de administrador 

paroquial na paróquia vaga de Palmeiras das Missões. Ele foi, de fato, martirizado 

naquela região remota.

Adílio Daronch

O terceiro dos oito filhos de Pedro Daronch e Judite Segabinazzi nasceu, em 25 de 

outubro de 1908, em Dona Francisca, no município de Cachoeira do Sul, Rio Grande 

do Sul, Brasil. Em 1911, a família mudou-se para Passo Fundo, e, em 1913, para

 Nonoai (RS).

Fiel discípulo do Padre González

Adílio foi um dos adolescentes que acompanhou o Padre González em suas longas 

e cansativas visitas pastorais, que incluíam também os índios Kaingang. Foi também 

fiel coroinha e aluno da escola fundada pelo Padre Manuel. Em 21 de maio de 1924, 

com quase 16 anos de idade, este jovem corajosamente deu seu testemunho de

 Cristo ao lado de seu mentor.

O martírio dos dois

O bispo de Santa Maria pediu ao padre espanhol que visitasse as colônias teutônicas

 na floresta de Três Passos, perto da fronteira com o Uruguai. Depois de celebrar a

 Semana Santa na paróquia de Nonoai (RS), e apesar de a região estar repleta de

 movimentos revolucionários, o padre embarcou nesta perigosa viagem missionária,

 acompanhado pelo seu bravo coroinha e protegido, Adílio. Ao longo do caminho,

o padre parou em Palmeria, onde administrou os sacramentos e exortou os 

revolucionários locais ao respeito mútuo, pelo menos por causa da fé cristã comum

que compartilhavam. Os piores extremistas não apreciaram sua mensagem, nem o

 fato de ele ter dado sepultura cristã às vítimas das bandas locais. Assim, o Padre 

Manuel passou a ser visto com desconfiança. Continuando o caminho missionário,

 pararam novamente no caminho para pedir indicações e celebrar a Santa Missa; o 

dia era 20 de maio de 1924. Desejando trazer a graça de Deus e proclamar a Boa

 Nova, os missionários ardentes não atenderam ao aviso dos moradores, que

 tentaram impedi-los de seguir a missão na floresta. Assim, aceitaram a assistência 

dos militares que se ofereceram para acompanhá-los até Três Passos. Então, caíram

 na armadilha preparada para eles e foram levados para uma área remota da floresta, 

onde foram amarrados às árvores e depois foram fuzilados em 21 de maio de 1924, 

mártires da fé.

Restos mortais

Embora os seres humanos se recusassem a aceitar a mensagem de respeito mútuo 

dos santos mártires, parece que a natureza o fez, pois nenhuma fera ou animal os

 tocou: os habitantes de Três Passos encontraram seus corpos ainda intactos quatro 

dias depois. Seus restos mortais foram enterrados nas proximidades por 40 anos.

 Em 1964, seus corpos foram exumados e trasladados para a igreja paroquial de 

Nonoai (RS), e um monumento foi erguido no local de seu martírio. Em 16 de

 dezembro de 2006, o Papa Bento XVI proclamou o decreto de martírio desses dois 

fiéis servos de Cristo assassinados por causa de sua fé.

A minha oração

“Segundo a amizade dos mártires, que foram fiéis a Cristo e companheiros um do

 outro na hora da morte, pedimos o dom da amizade que nos leva a evangelizar 

doando a nossa vida. Fazei-nos anunciadores da Palavra a todo custo e

 evangelizadores dos lugares mais remotos, por Cristo, nosso Senhor. Amém!”

Beatos padre Manuel e Adílio mártires, rogai por nós!